Janaína defende candidatura avulsa, critica “safadeza institucionalizada” e quer “ajudar Bolsonaro”

  • Por Jovem Pan com Estadão Conteúdo
  • 21/07/2018 10h14 - Atualizado em 21/07/2018 10h18
Roque de Sá/Agência Senado Roque de Sá/Agência Senado "Quero ajudar Bolsonaro a enfrentar todos esses ajustes que vêm sendo feitos às claras", disse a advogada

A professora e advogada Janaína Paschoal (PSL), que assinou o impeachment de Dilma Rousseff (PT) e agora é cogitada para ser vice na chapa encabeçada pelo deputado Jair Bolsonaro (PSL) na corrida presidencial, defendeu neste sábado (21) as candidaturas avulsas. Pelo Twitter, ela criticou o fato de o PRP ter negado o apoio ao deputado e, com isso, a possibilidade do general Augusto Heleno ser o vice.

Janaína pediu aos seguidores para abstraírem a possibilidade de ela ser candidata a vice e criticou as estruturas partidárias atuais. Para ela, a cláusula de barreira, aprovada na última reforma eleitoral, não corrige “absurdos” e ainda fortalece grandes partidos.

Ela diz ainda que o sistema político “aniquila” a liberdade. “Seres humanos não podem ser negociados. Um sistema político partidário que aniquila a liberdade não tem como dar certo. No lugar de se discutir ideias, fazem-se negociatas. E todos parecem achar isso normal. Eu fico indignada”, escreveu.

“O sistema é tão cruel, que não se pode descartar a hipótese de um Partido convidar alguém para se filiar (às vezes a mando de outro maior) já com o fim de neutralizar o bom quadro. Para quebrar a safadeza institucionalizada, temos que autorizar candidaturas avulsas. Não dá!”, continuou a jurista, que garantiu que “já tinha a convicção teórica de que as candidaturas avulsas são um direito”, mas agora, com o caso do general Heleno, tem a “convicção prática”.

Janaína conclui pedindo desculpa por não ter atendido a imprensa nesta sexta e afirmou que quer “ajudar Bolsonaro”. “Acredito que algumas decisões precisam ser tomadas em absoluto silêncio. Quero ajudar Bolsonaro a enfrentar todos esses ajustes que vêm sendo feitos às claras e também subrepticiamente. Resta saber se cargos são necessários”, tuitou.

A advogada e Bolsonaro se aproximaram nas últimas 24 horas depois de o PRP dizer “não” ao deputado, que chegou a afastar a possibilidade de Janaína ser a vice. Neste domingo (22), o PSL realiza sua convenção nacional no Rio de Janeiro que deve oficializar o deputado como candidato a presidente. Bolsonaro prometeu anunciar o vice durante o evento.

Veja alguns dos tuítes de Janaína:

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