No desespero, Haddad apela a Ciro e até a tucanos que o PT repudiou

  • Por Jovem Pan
  • 22/10/2018 23h37 - Atualizado em 22/10/2018 23h43
Estadão Conteúdo "Eu era dos petistas que cogitavam que o PT deveria apoiar o Ciro à Presidência se houvesse uma aproximação", disse, além de pedir ao pedetista que "desse um alô de onde estiver".

A seis dias das urnas e em larga desvantagem em todas as pesquisas de intenções de votos, Fernando Haddad (PT) tentou, no programa Roda Viva exibido nesta segunda-feira, 22, um último apelo pelo apoio explícito de Ciro Gomes (PDT) e de tucanos contra o candidato do PSL, Jair Bolsonaro, na disputa pela Presidência da República.

“Eu era dos petistas que cogitavam que o PT deveria apoiar o Ciro à Presidência se houvesse uma aproximação”, disse, além de pedir ao pedetista que “desse um alô de onde estiver”.

O petista também tentou um último aceno a tucanos, citando nominalmente o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o senador Tasso Jereissati (CE), que até o início da campanha eram apontados como rivais históricos — no caso de FHC, Lula tentou, inclusive, cunhar a expressão “herança maldita”.

No limite, citou até o juiz Sergio Moro, responsável pela Lava Jato e algoz do seu guru, o ex-presidente Lula, preso em Curitiba desde o dia 7 de abril.

Sobre o adversário no segundo turno, Haddad repetiu a ladainha de sua campanha eleitoral: disse que Bolsonaro cultua um torturador — em referência ao coronel Brilhante Ustra — e que representa o risco do retorno da ditadura militar no país.

Tentou, ao máximo desvincular sua imagem do padrinho Lula, mas, na reta final, Haddad foi Haddad: “O que o presidente Lula que é um julgamento justo nas cortes superiores a que ele tem direito. Ele não está pedindo favor nenhum, não quer ser tratado de forma diferente de nenhum cidadão”

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