PT registra candidatura de Lula com ‘procissão política’ e substituto engatilhado

  • Por Jovem Pan
  • 15/08/2018 17h40 - Atualizado em 15/08/2018 18h11
Estadão Conteúdo O registro contou com um tipo de "procissão política" que reuniu milhares de pessoas pelas ruas de Brasília

O PT protocolou na tarde quarta-feira, 15, o registro da sexta candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência da República.

A ação do registro contou com um tipo de “procissão política” que reuniu milhares de pessoas pelas ruas de Brasília durante boa parte do dia. Com bandeiras e máscaras do ex-presidente, os manifestantes chegaram a bloquear um dos eixos da Esplanada dos Ministérios e a polícia precisou ser acionada para controlar o movimento.

A candidatura foi realizada pela presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann, o ex-prefeito Fernando Haddad, e a deputada estadual Manuela D’Ávila (PCdoB). Outras lideranças do PT e de partidos aliados ficaram num trio elétrico, montado próximo ao TSE.

A estratégia do partido ainda é a de insistir com a candidatura de Lula até o limite permitido pela legislação eleitoral, mas pouca gente dentro do PT acredita que o ex-presidente não será impugnado com base na Lei da Ficha Limpa. Lula foi condenado em segunda instância no caso do Triplex do Guarujá e, dessa forma, funciona como uma espécie de “cabo eleitoral”  para o verdadeiro candidato, o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, que foi registrado como vice na chapa.

Mesmo preso, Lula aparece à frente em diversas pesquisas de intenção de voto. Nos bastidores, petistas avaliam que até o dia 7 de setembro a situação estará decidida com o ex-presidente definitivamente fora da disputa eleitoral.

Campanha

Apesar do protesto em frente às câmeras, o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad articulou a sua campanha eleitoral em Brasília. Ele se reuniu nesta quarta-feira com os principais caciques do PT para definir as estratégias de como o partido se comportará nos próximos meses.

Haddad deverá começar a campanha em viagens pelo Nordeste, priorizando inicialmente a Bahia porque o candidato do partido à reeleição no Estado, Rui Costa, está bem cotado nas pesquisas. “Se tem um resumo dessa reunião é que defendemos botar o bloco na rua”, afirmou o ex-governador da Bahia Jaques Wagner, candidato a senador pelo PT da Bahia.

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