Meryl Streep, a rainha de Hollywood, faz 65 anos

  • Por Agencia EFE
  • 22/06/2014 10h31
Divulgação Meryl Streep

Sua mítica capacidade de transformação e versatilidade a permite encarnar personagens de qualquer idade, o que faz com que os 65 anos que completa neste domingo (22) não signifiquem um problema para Meryl Streep, que continua a encarar um desafio após o outro, sendo o mais recente, interpretar outra grande diva, María Calas.

Será em um filme para a “HBO”, dirigido pelo diretor Mike Nichols, parceiro frequente da atriz, e baseado na obra de teatro “Master Class”, de Terrence McNally, centrada na época da grande soprano como professora na escola Juilliard de Nova York.

Streep tem muita experiência com personagens reais, missão que assumiu em “A Dama de Ferro” (2011), pelo qual ganhou o Oscar graças a sua interpretação da ex-primeira-ministra britânica Margaret Thatcher, e em “Julie & Julia” (2009), quando deu vida à cozinheira Julia Child, e ganhou outra indicação à estatueta.

O mesmo aconteceu quanto interpretou a ativista Karen Silkwood em “Silkwood – O Retrato de uma Coragem” (1983), a escritora Karen Blixen em “Entre Dois Amores” (1985) e a jornalista Susan Orlean em “Adaptação” (2002), papéis pelos quais também recebeu uma indicação ao Oscar.

À essa lista é preciso agora somar a feminista Emmeline Pankhurst no drama histórico “Suffragette” (ainda sem título em português), um projeto recém concluído sobre a luta das mulheres para ganhar o direito ao voto.

Antes de enfrentar o desafio da divina Calas, a atriz dividirá o set com sua filha Mamie Gummer em “Ricki and the Flash” (ainda sem título em português), uma comédia dirigida por Jonathan Demme em que será uma cantora de rock que tenta refazer os laços com sua família após anos de busca pelo estrelato.

Streep e sua filha já haviam atuado juntas antes em “A Difícil Arte de Amar” (1986), de Nichols, e recentemente no “western” “The Homesman”, de Tommy Lee Jones, que chegará aos cinemas americanos em outubro.

A atriz se arriscará também nos próximos meses com a ficção científica (“O Doador de Memórias”, com estreia prevista para agosto) e com a adaptação de um musical de Broadway, “Into the Woods”, que promete ser um dos títulos mais fortes da temporada de estreias do fim de ano.

Mais à frente será lançado seu quarto trabalho com Robert De Niro, em “The Good House”, onde estará na pele de uma mulher que tenta se tratar do alcoolismo, enquanto retoma uma relação do passado.

Esse casal surgiu em “O Franco Atirador” (1978), o primeiro grande papel de Streep no cinema e sua primeira indicação ao Oscar. Em toda a carreira são 18, recorde absoluto, e três estatuetas douradas (“Kramer vs. Kramer”, 1979; “A Escolha de Sofia”, 1982, e “A Dama de Ferro”, 2011).

Na frente dela, por enquanto, só uma atriz foi mais reconhecida pela Academia, Katharine Hepburn, com quatro.

“O Franco-Atirador” é um filme chave em sua carreira não só por esse motivo. Nela compartilhou cenas com seu então noivo, John Cazale, que morreu de câncer em 1978, logo no fim das filmagens.

A equipe sabia do diagnóstico, mas o ator decidiu terminar as cenas apesar de seu grave estado. Após a morte de Cazale, Meryl usou o luto e mergulhou no trabalho, até que seu irmão Harry quis apresentá-la a um de seus melhores amigos, Don Gummer, com quem se casou meses depois e teve quatro filhos.

Perfeccionista, meticulosa e capaz de fazer qualquer sotaque, é considerada a melhor atriz do mundo hoje em dia, uma lenda de Hollywood que soube se reencontrar após uma época complicada no final dos anos 80 e começo dos 90.

Clint Eastwood devolveu a ela o brilho em “As Pontes de Madison” (1995) e voltou a surpreender tocando o coração do espectador (“Um Amor Verdadeiro”, 1998) e aprendendo a tocar o violino para “Música do Coração” (1999).

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