Sem patrocínio, Tatuapé apostou no reaproveitamento em desfile do bi: “segredo é o nosso povo”

  • Por Estadão Conteúdo
  • 13/02/2018 19h16
Agência EFE Para brilhar, a Acadêmicos do Tatuapé apostou no reaproveitamento de penas, pedras e outros materiais para poupar cerca de R$ 800 mil

A Acadêmicos do Tatuapé conquistou o bicampeonato do carnaval paulistano com nota máxima em todos os quesitos. A escola, que levou para avenida uma homenagem ao Maranhão com carros colossais e fantasias ricas em detalhes, também teve como marca o fato de não ter conseguido patrocínio. Para brilhar, apostou no reaproveitamento de penas, pedras e outros materiais para poupar cerca de R$ 800 mil este ano.

“Estou muito contente. Nós fizemos o melhor espetáculo e o segredo é o nosso povo”, disse o presidente da Acadêmicos do Tatuapé, Eduardo dos Santos.

Os integrantes da escola que acompanharam a apuração ficaram quietos até a leitura da última nota, quando soltaram o grito de “bicampeão”. Santos explicou o silêncio.

“A gente sabia que ia ser um carnaval muito disputado. A gente ouviu nota a nota com esperança. Todo mundo estava apreensivo e muita gente estava empatada. Qualquer nota poderia interferir no resultado.”

Antes do desfile, Santos havia relatado que mais de 90% das fantasias da Tatuapé são recuperadas depois do carnaval. Para explicar o espírito por trás da ação, ele citou um samba-enredo da Salgueiro de 1986: “tem que se tirar da cabeça aquilo que não se tem no bolso!”

A bicampeã abusou dos adereços de fauna e flora e até arriscou uma batida estilo reggae, estilo musical que nasceu na Jamaica e é muito ouvido no Maranhão, chamado no samba-enredo de “terra da encantaria”. A escola deixou o sambódromo, na madrugada do sábado, já como forte candidata ao título. O carnavalesco Wagner Santos, que estreou na Tatuapé com vitória, desenvolveu um tema que conhece bem, já que é maranhense.

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