Contrário ao PT, produtor de filme sobre a Lava Jato critica “O Mecanismo”

  • Por Jovem Pan
  • 04/04/2018 09h34
Divulgação Imagem de divulgação de "Polícia Federal: A Lei é Para Todos"

Parece que não são apenas setores da esquerda que não gostaram do seriado O Mecanismo. Em entrevista à coluna de Mônica Bergamo na Folha de S. Paulo, Tomislav Blazic, produtor de Polícia Federal: A Lei é Para Todos, filme também inspirado na Operação Lava Jato, disse que a produção de José Padilha para a Netflix “extrapolou na criatividade”.

De acordo com ele, o ponto mais questionável da série é a atribuição da polêmica frase do senador Romero Jucá (MDB-RR) sobre “estancar a sangria” ao personagem inspirado no ex-presidente Lula – sendo que a declaração fez parte da articulação da derrubada do PT do poder. Além disso, ele criticou a abordagem do caso conhecido como Banestado, ocorrido na década de 1990. “Colocar na série o caso do Banestado é também querer prejudicar só o PT. Não é baseado em uma história real”, declarou.

Ainda segundo a coluna, Blazic se prepara atualmente para a produção da continuação do longa-metragem. “O PT é corrupto como os demais partidos. No próximo filme será um salve-se quem puder”.

Dirigido por Marcelo Antunez, Polícia Federal: A Lei é Para Todos (2017) contou com Antonio Calloni, Bruce Gomlevsky, Flávia Alessandra, Rainer Cadete, Marcelo Serrado e Ary Fontoura no elenco. De acordo com a sinopse, ele narra a história da Operação Bidone, em que a Polícia Federal apreende no interior um caminhão carregado de palmito, que trazia escondido 697 kg de cocaína.

“A investigação recai na equipe montada por Ivan Romano, sediada em Curitiba e composta também por Beatriz, Júlio e Ítalo. As conexões do tráfico os levam ao doleiro Alberto Youssef e, posteriormente, ao ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, que revela uma imensa estrutura envolvendo construtoras e o governo, de forma a desviar dinheiro público. À medida que a investigação avança, o grupo liderado por Ivan se aproxima cada vez mais de alguns dos políticos mais influentes do país”, diz o texto.

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