Virada Cultural será reduzida no centro

  • Por Estadão Conteúdo
  • 10/05/2016 10h51
Leandro Martins / Milenar Imagem Virada Cultural

Este será um ano de teste para a Virada Cultural de São Paulo. O evento, estabelecido como uma das mais importantes datas no calendário cultural, que já atraía turistas, vai experimentar um novo formato. A 12.ª edição da festa já tem data, do dia 21 para 22 próximo e sofrerá uma redução de palcos forçada pela violência na madrugada.

O anúncio oficial da programação e dos palcos será feito na próxima sexta-feira (13), mas fontes adiantaram alguns nomes e detalhes à reportagem. Serão 30h de programação, em vez das 24h tradicionais, contando com um happy hour na sexta (20), entre 17h e 23h. Alguns nomes confirmados para os palcos principais são Luis Melodia, Anelis Assumpção cantando Peter Tosh, Chico César, Johnny Hooker, Aláfia com Margareth Menezes. O Centro Cultural São Paulo vai ter Lineker com Simone Mazzer e Cida Moreira. Os horários e datas serão confirmados na sexta. Cauby Peixoto e Angela Maria serão atrações no sábado, 21, às 22h30, no Sesc Santo Amaro.

Depois de ser represada sobretudo em palcos do centro, a festa volta a ser descentralizada. A prefeitura vai desativar espaços considerados mais problemáticos durante a madrugada e reduzir seu número no perímetro central. Aparelhos como CEUs, bibliotecas e centros culturais dos bairros serão mais usados, mesmo que estejam distantes entre si.

A medida tem duas vias. Ao mesmo tempo em que coloca os eventos mais próximos de regiões afastadas do centro, abre mão de promover o que é a ideia da Virada centralizada, seguindo, dessa forma, a proposta de outras iniciativas parecidas em cidades da Europa, A intenção é incrementar os shows com charme, com a proximidade dos palcos permitindo a convivência do público e a sensação de se apropriar de um espaço público.

O problema maior fica por conta da violência, sempre intensificada a partir da 1h da madrugada, justamente em alguns desses trajetos e roteiros.

Pela primeira vez, a Virada vai testar também a ideia do “esquenta”. Na sexta, bares e restaurantes do centro vão aderir ao happy hour da Virada. Ele iria existir de qualquer forma, mas a organização parece querer potencializá-lo, anunciando programações especiais para o dia.

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