The Seven Deadly Sins: Knights of Britannia é divertido, mas focado para fãs

  • Por Adriano Sarafim/Jovem Pan
  • 21/02/2018 09h11
Divulgação The Seven Deadly Sins Knights Of Britannia análise O anime faz muito sucesso na Netflix e agora chegou ao PlayStation 4

Um dos animes que mais gostei de acompanhar nos últimos meses foi The Seven Deadly Sins (conhecido também como Nanatsu no Tazai). A história criada por Nabaka Suzuki mostra o simpático Meliodas e a Princesa Elizabeth em busca dos Sete Pecados Capitais, equipe de foras da lei que são procurados pelo reino por supostamente terem tentado derrubar o Reino de Liones.

Com personagens com características diferentes e batalhas muito bem coreografadas, logo imaginei que um jogo da franquia seria um tiro certeiro, já que envolvia tudo o que uma boa franquia de combate pede. A Bandai Namco não demorou para pegar a deixa e lançou, neste mês de fevereiro, o game The Seven Deadly Sins: Knights of Britannia.

Como no anime que conta com sua primeira temporada na Netflix, o jogo foca no primeiro arco da obra, que coloca Meliodas e seus companheiros no embate para descobrir a verdade por trás dos acontecimentos que os tornaram inimigos do reino. Quem já conhece a produção não terá problemas em entender o enredo, mas para quem está tendo o primeiro contato com a série, é possível que haja uma certa decepção.

A desenvolvedora apresenta a trama de uma forma bem resumida, o que acaba abrindo espaço para buracos importantes e tirando a importância de eventos que no anime são essenciais para passar emoção. A melhor parte de Knights Of Britannia é certamente o seu sistema de combate, que passa o sentimento de combates intensos que vemos na TV.

Explore a região de Britannia

Em The Seven Deadly Sins: Knights of Britannia, você pode passar por diversas regiões em que Meliodas e o Chapéu de Javali viajam. Além das missões principais, que remetem ao enredo original, os jogadores terão uma infinidade de missões secundárias para completar.

Pensada de forma interessante, essas missões são essenciais para que os jogadores possam evoluir os personagens durante o progresso, conseguindo mais habilidades e boosts para combates mais complicados. Além disso, quanto mais você passeia pelo mapa, mais “moedas” você junta para poder comprar vantagens disponíveis no menu.

As missões secundárias consistem em batalhas contra grupos de soldados de Liones, cachorros demoníacos, lutas contra demônios vermelhos, batalhas entre os personagens e coleta de alimentos, essa envolvendo Elizabeth e sem a possibilidade de combate.

A história passada de forma displicente

Um problema que observo em muito jogo baseado em anime é a forma que a história é passada para o público dentro do game. Em The Seven Deadly Sins não foi diferente e aqui era ainda mais importante apresentar a trama de uma forma competente, como forma de levar os jogadores a assistirem à produção.

Como já havia assistido, pude identificar diversos buracos entre algumas passagens. Eventos importantes acabaram sendo tratados como algo descartável, o que tira um pouco da emoção dos acontecimentos.

As animações também não conseguem cativar como deveriam. Os personagens não possuem emoções e ficam praticamente estáticos, enquanto uma caixa de conversa é mostrada abaixo. O que piora ainda mais é a falta de legendas em português, algo imprescindível nos dias de hoje, ainda mais em um título que atrai muitas crianças.

Na minha época, os jogos não eram localizados e eu precisei aprender inglês para me virar e entender o que fazer em muitos títulos. Hoje em dia, ou você conta com a versão dublada do áudio ou pelo menos consegue ter uma legenda em português para facilitar a vida.

The Seven Deadly Sins Knights of Britannia

Combates eletrizantes são o grande trunfo

Se a história deixa a desejar, os fãs de The Seven Deadly Sins: Knights of Britannia certamente ficaram felizes com os combates entre os principais personagens da franquia. Cada lutador possui a sua própria característica, o que pode ser importante na hora de escolher a sua dupla.

Como mencionei em cima, você pode lutar tanto de forma solo quanto em dupla. Eu gostei de combinar a velocidade de Meliodas com alguém focado em magias, como Merlin ou King. Os golpes podem virar combos destrutivos e os comandos são bem simples de dominar.

A dupla compartilha da mesma barra de energia, então é muito importante ficar de olho na posição do aliado e defende-lo quando necessário.

O cenário em nossa volta é totalmente destrutível, mas tudo por uma questão de estética praticamente. Em algumas oportunidades, os jogadores terão algumas pedras especiais que podem ser detonadas contra os inimigos ou em alguns casos para recuperar a energia.

Aqui é onde melhor podemos sentir um pouco da essência do anime, que sempre apresentou lutas insanas e cheias de destruição com os poderosos Cavaleiros e os Pecados Capitais.

The Seven Deadly Sins

Vale a pena?

The Seven Deadly Sins: Knights of Britannia é um jogo divertido e que provavelmente te agradará para uma jogatina casual. Pense no jogo como uma forma de lhe introduzir ao anime (caso nunca o tenha assistido).

Apesar da história estar meio de lado, os jogadores podem curtir e muito as batalhas e causar o máximo de destruição nos cenários, contando com um elenco de quase 30 personagens.

A primeira tentativa da franquia nos games é focada em seus fãs, mas também pode divertir quem não está nada por dentro da história de Meliodas e os outros seis pecados capitais.

Nota: 7,5

+ Combates eletrizantes
+ Grande número de missões secundárias
+ Personagens com características próprias

– Campanha mal desenvolvida
– Sistema de progressão confuso
– Sem legenda em português

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