2016 da Seleção teve eliminação, ouro olímpico e grande fase com Tite; relembre

  • Por Jovem Pan
  • 16/12/2016 12h31

Seleção Brasileira - CBF

Divulgação / Lucas Figueiredo / CBF Seleção Brasileira - CBF

Do inferno ao céu. É assim que o torcedor pode definir como foi o ano da Seleção Brasileira em 2016. O primeiro semestre da equipe comandada por Dunga foi um dos piores já vistos na história recente, que chegou a ficar fora da zona de classificação para a Copa de 2018. Porém todo este cenário mudou após a chegada do técnico Tite, que fechou o ano invicto e praticamente garantido no Mundial da Rússia.

O Brasil fez apenas dois jogos pelas Eliminatórias antes da Copa América Centenário – ambos terminados em 2 a 2. Contra o Uruguai, a Seleção chegou a abrir a vantagem, mas as falhas da defesa brasileira permitiram que Cavani e Suárez alcançassem o empate. Já contra o Paraguai, o resultado poderia ser pior se Daniel Alves não tivesse igualado o placar já aos 46 minutos do 2º tempo. Nada que pudesse evitar a 6ª colocação naquele momento, fora até da repescagem.

Na Copa América, diferente das últimas duas edições, o Brasil não foi eliminado pelos paraguaios, mas a participação na edição centenária da competição foi tão decepcionante quanto. Sem Neymar, que teve de escolher entre a Copa América e os Jogos Olímpicos, a Seleção conseguiu ser eliminada na primeira fase do torneio, com apenas quatro pontos conquistados.

Na estreia, um empate com o Equador por 0 a 0, e em seguida uma vitória sobre o Haiti pelo emblemático placar de 7 a 1. A eliminação veio após o confronto com o Peru, que bateu a Seleção com um gol de mão marcado na metade da etapa complementar.

A queda precoce deu fim à “2ª Era Dunga”, que deixou o comando da equipe com 6 vitórias, 5 empates e 3 derrotas nas partidas oficiais. Para o seu lugar, a CBF escolheu o vitorioso técnico Tite, atendendo assim ao clamor da torcida, que pedia pelo multi-campeão pelo Corinthians.

Com a saída de Dunga, também ficou garantida a permanência de Rogério Micale no comando da Seleção Olímpica. Responsável por toda a montagem da equipe durante o ciclo olímpico, a manutenção de Micale no cargo foi um dos fatores que levaram à conquista da inédita medalha de ouro nos Jogos, após a vitória nos pênaltis em cima da Alemanha.

“Era Tite”

Se a intenção da CBF era recuperar o prestígio com a vinda de Tite, o resultado alcançado nos últimos meses vai além de qualquer expectativa. Logo em sua estreia, a Seleção quebrou um tabu de 33 anos ao vencer o então líder Equador por 3 a 0 em Quito.

A caminhada rumo à liderança das Eliminatórias passou ainda por vitórias sobre a Colômbia, Peru, Bolívia, Peru e Argentina, no Mineirão, palco do histórico 7 a 1, por 3 a 0. Ao todo, a “Era Tite” conta com seis vitórias em seis jogos, 17 gols marcados e apenas um gol (contra) sofrido.

A principal dupla do time de Tite foi montada justamente durante os Jogos Olímpicos. Artilheiro do Brasil nas Eliminatórias, Gabriel Jesus, com apenas 19 anos, já tem cinco gols marcados. Neymar segue fazendo seus gols, mas se tornou o principal garçom da equipe, com 5 assistências. Juntos, Neymar e Jesus já somam 9 dos 17 gols e 8 das 14 assistências dos últimos seis jogos.

Perspectivas para 2017

Com apenas seis jogos até a última rodada das Eliminatórias, o principal objetivo da Seleção para 2017 é a classificação para a Copa da Rússia, preferencialmente mantendo-se em primeiro lugar. Os próximos compromissos da equipe são contra Uruguai e Paraguai.

Fora da disputa da Copa das Confederações, é importante para a Seleção conseguir marcar amistosos contra grandes seleções da Europa, tanto como teste da equipe diante de adversários mais difíceis quanto como preparação para a Copa. Tite já manifestou seu desejo de enfrentar seleções como França e Alemanha no próximo ano. Além disso, bons resultados diante destes adversários podem colocar o Brasil novamente na liderança do ranking da Fifa, fato que não acontece desde 2010.

Se Tite seguir a premissa de que “não se mexe em time que está ganhando”, a Seleção deve sofrer pouquíssimas mudanças em seu elenco. A exceção fica por conta de possíveis contusões, como as de Daniel Alves e Philippe Coutinho, que devem ficar alguns meses afastados dos gramados. Porém, para ambos os casos, o treinador já conta com substitutos de confiança em seu banco de reservas: Fagner para a lateral direita e Firmino para o ataque.

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