Após escândalos de corrupção e doping, Adidas deixará de patrocinar IAAF

Após escândalos de corrupção e doping

A companhia Adidas deixará de patrocinar a Associação Internacional de Federações de Atletismo (IAAF, na sigla em inglês) muito antes do que o previsto, revelou nesta segunda-feira (25) a emissora britânica “BBC”.

A empresa de roupa esportiva comunicou sua decisão à IAAF – aparentemente como resultado direto dos escândalos de corrupção e doping – na semana passada, o que vai representar uma perda de milhões de dólares em receita para a associação, segundo apurou a “BBC”.

A Adidas ainda não quis fazer comentários sobre sua decisão, mas a IAAF se limitou a dizer que está em contato próximo com todos seus patrocinadores como parte de um processo de reformas.

A Adidas é uma das empresas oficiais que apoiam a IAAF, além de Canon, Toyota, Seiko, TDK, TBS e Mondo.

Segundo a “BBC”, a Adidas informou à IAAF em novembro do ano passado que estava considerando terminar seus vínculos após ser divulgado um relatório sobre denúncias de doping na Rússia.

Esse relatório foi elaborado por uma comissão independente estabelecida pela Agência Mundial Antidoping (Wada).

No começo deste mês, o presidente da comissão, Dick Pound, divulgou um segundo documento que revelava casos de corrupção na IAAF sob o mandato do senegalês Lamine Diack, antecessor do britânico Sebastian Coe, atual presidente.

Poucos dias depois, a direção da Adidas tomou a decisão de terminar sua relação com a IAAF.

Ainda segundo a “BBC”, a multinacional esportiva considera que as revelações de doping contidas no relatório de Pound constituem uma violação de seu contrato com a IAAF.

Ambas as partes assinaram em 2008 um contrato de 11 anos que terminaria em 2019, avaliado na época em US$ 33 milhões.