Atlético-MG sofre gol no fim e é derrotado pelo Nacional na Colômbia

  • Por Agência EFE
  • 24/04/2014 00h17

Atlético Nacional EFE Nacional de Medellín comemora gol contra Atlético-MG

A fase eliminatória da Taça Libertadores deste ano começou nesta quarta-feira como foi a maior parte do mata-mata até o título de 2013 para o Atlético-MG, com muito sofrimento, mas desta vez nem mais uma grande atuação do goleiro Victor evitou que o atual campeão fosse derrotado por 1 a 0 pelo Nacional de Medellín fora de casa.

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Herói na conquista inédita da última temporada, Victor ia garantindo o placar em branco no estádio Atanasio Girardot, em Medellín, até os 46 minutos do segundo tempo, quando Cárdenas fez o gol da vitória do time anfitrião.

Faltou o brilho do quarteto ofensivo do Galo, inclusive de Ronaldinho Gaúcho, mesmo depois de toda a festa dos torcedores colombianos com sua presença em campo. Graças à boa partida feita por seu camisa 1, a equipe mineira ao menos evitou uma derrota maior e depende de uma vitória por dois gols de diferença na partida de volta, no próximo dia 1º, no Horto, para avançar e jogar contra Defensor-URU ou The Strongest-BOL. Ao Nacional, até a derrota por um de desvantagem já é suficiente, desde que o time balance a rede ao menos uma vez em Belo Horizonte.

Sem poder contar com Marcos Rocha, o técnico Paulo Autuori improvisou o zagueiro Otamendi na lateral direita do Atlético. A mudança foi proporcionada também pela volta de Réver, recuperado de uma cirurgia no tornozelo que o manteve afastado dos gramados desde o começo do ano. Outro que retornou foi Jô, desfalque no empate com o Corinthians no final de semana, pelo Campeonato Brasileiro.

O começo de jogo foi de maior posse de bola do Nacional, que arriscou duas vezes em chutes de longe nos quatro primeiros minutos de bola rolando. A batida de Bernal foi para fora, enquanto Victor parou a tentativa de Díaz.

O Galo ia pouco ao ataque, e a primeira boa trama saiu apenas aos 14 minutos, no talento de Ronaldinho. O camisa 10 fez um lindo giro e procurou Fernandinho, que levantou para a área até Jô, que não alcançou.

A resposta veio cinco minutos depois, e por muito pouco o time da casa não abriu o placar. Valencia se esforçou para evitar a saída da bola na ponta esquerda e cruzou. Réver perdeu no alto para Duque, que cabeceou raspando a trave.

A bola era cada vez mais do Nacional, e Victor teve que aparecer. Aos 27, Valencia fez mais um levantamento e quase surpreendeu. O goleiro espalmou para o lado, a bola foi alçada novamente e Duque cabeceou com firmeza para bela intervenção do arqueiro atleticano.

Pouco depois, aos 32, o camisa 1 apareceu novamente. Bocanegra carregou pela direita, cortou para o meio e bateu rasteiro, obrigando Victor a se esticar todo.

O ataque atleticano pouco via a bola, e os homens mais avançados apareceram apenas aos 40 minutos. Ronaldinho, um dos poucos com algum brilho no atual campeão, cobrou falta, a defesa afastou mal e Diego Tardelli ficou com a sobra, mas errou o alvo por alguns centímetros. Jô ainda tentou completar, mas mais uma vez não chegou.

A primeira etapa terminou como começou, com tentativas de longe da equipe anfitriã, mas o chute de Bocanegra foi defendido por Victor, e Bernal mandou a esquerda, com certo perigo.

Na volta do vestiário, o time colombiano não tirou o pé e já incomodou logo no início. Bernal deu um drible desconcertante em Réver e passou para Valencia, que tentou de letra e errou por pouco, aos quatro minutos. Logo depois, aos cinco, Díaz cruzou fechado, nem Réver nem Duque acertaram, e Victor só pôde ver a bola sair.

Se Bernal vinha incomodando, Arias, que o substituiu na sequência, também dava trabalho. Aos 16, Cárdenas carimbou a marcação e a sobra ficou com o meio-campista, que chutou à direita da meta. O próprio Cárdenas tentou mais uma aos 19, e Victor defendeu de maneira estranha, como uma manchete no vôlei.

Cada vez mais recuado, o Galo apelava para ajuda de seu principal santo protetor: “São Victor”. Díaz bateu mais uma de fora da área e ia acertando o ângulo direito, mas o goleiro “voou” até lá e salvou mais uma vez, aos 28.

O ritmo da partida foi caindo aos poucos, e o Atlético até vislumbrou uma vitória, mas o goleiro Armani, pouco acionado até então, apareceu bem aos 40 minutos. Jô levou a melhor pelo alto e tocou para Guilherme, que achou Marion no meio. O substituto de Fernandinho encheu o pé e o arqueiro defendeu.

De tanto insistir, o Nacional arrancou a vitória nos acréscimos, aos 46. Cárdenas carregou da direita para o meio e acertou um lindo chute no ângulo direito de Victor, que desta vez não conseguiu operar um milagre.

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