Alemanha busca reação imediata para fugir de “maldição do campeão”

  • Por EFE
  • 22/06/2018 08h51
RONALD WITTEK/EFE Após a derrota para o México, 'Jogi' afirmou que não jogaria no lixo o plano que 14 anos atrás começou a executar com Klinsmann

Após a surpreendente derrota para o México na estreia, no último domingo, a Alemanha enfrentará a Suécia neste sábado no Estádio Olímpico Fisht, em Sochi, e precisará de um triunfo para não ser o terceiro campeão consecutivo a ser eliminado na primeira fase de uma Copa do Mundo.

A Itália, que obteve o tetra em 2006, caiu ainda na fase de grupos em uma chave com Paraguai, Eslováquia e Nova Zelândia em 2010. A Espanha, que ficou com o título de maneira inédita há oito anos, deu adeus precocemente ao ficar atrás de Holanda e Chile no Brasil.

Na busca pela recuperação, a ‘Mannschaft’ reencontrará uma velha conhecida. Em 2006, pouco depois do terceiro lugar dos alemães no Mundial em casa, a Suécia foi o ponto de partida da trajetória do técnico Joachim Löw na seleção.

‘Jogi’, como o treinador é conhecido popularmente, chegou à tetracampeã em 2004 como auxiliar de Jürgen Klinsmann e já passou a implementar o chamado ‘Kurtzspielspass’, ou “jogo de passe curto”, transformando o futebol da Alemanha de lateral, robótico e defensivo para dinâmico, veloz, ofensivo e versátil.

Na estreia de Löw como técnico, em 16 de agosto de 2006, em Gelsenkirchen, a ‘Mannschaft’ bateu a Suécia por 3 a 0, com dois gols de Miroslav Klose e um de Bernd Schneider.

Para os críticos, a crise viria mais cedo ou mais tarde pela obstinação do treinador de 58 anos em manter entre os titulares jogadores que há algum tempo estão longe do seu melhor momento, como o zagueiro Jerome Boateng, o volante Sami Khedira e o meia Mesut Özil.

Após a derrota para o México, ‘Jogi’ afirmou que não jogaria no lixo o plano que 14 anos atrás começou a executar com Klinsmann. O diretor esportivo da Federação Alemã de Futebol (DFB), Oliver Bierhoff, também disse que não é preciso alarmismo e lembrou que a seleção ainda é a campeã do mundo.

Entretanto, não é porque acredita que nem tudo está perdido que Löw não mexerá na equipe. Na lateral esquerda, Jonas Hector está curado de uma gripe e entrará em lugar de Marvin Plattenhardt, e Marco Reus ganhará uma vaga no meio, embora ainda não se saiba em lugar de quem.

Parte da imprensa alemã cogita que o técnico será mais radical e mandará a campo também os meias Julian Brandt e Leo Goretzka devido às más atuações de Khedira.

Alheia aos problemas da adversária, a Suécia tenta manter uma escrita. A seleção escandinava se classificou para o mata-mata em suas últimas três participações em Copas, com quedas nas oitavas em 2002 e 2006 e o terceiro lugar de 1994.

Os suecos não venciam em uma estreia de Mundial desde 1958 e obtiveram os três pontos derrotando a Coreia do Sul por 1 a 0 graças a um gol de pênalti do zagueiro Granqvist. A infração foi marcada pelo salvadorenho Joel Aguilar apenas dois minutos depois com ajuda do VAR.

O jogador de 33 anos revelou que o técnico Janne Andersson deverá manter a equipe que enfrentou os sul-coreanos e disse não haver motivos para temer a Alemanha. Como argumento, o defensor lembrou que a Suécia bateu França e Holanda nas Eliminatórias, além de ter deixado a Itália fora da Copa na repescagem.

Prováveis escalações:.

Alemanha: Neuer; Kimmich, Boateng, Hummels e Hector; Khedira, Kroos, Müller, Özil e Reus; Werner. Técnico: Joachim Löw.

Suécia: Olsen; Lustig, Granqvist, Jansson e Augustinson; Claesson, Larsson, Ekdal e Forsberg; Toivonen e Berg. Técnico: Janne Andersson.

Árbitro: Szymon Marciniak (Polônia), auxiliado pelos compatriotas Pawel Sokolnicki e Tomasz Listkiewicz.

Estádio Olímpico Fisht, em Sochi.

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