Brasil também sabe jogar sem a bola: baita vitória na Alemanha

  • Por Mauro Beting/Jovem Pan
  • 27/03/2018 18h20 - Atualizado em 27/03/2018 18h46
Srdjan Suki/EFE fernandinho, Paulinho, kroos, gundogan, brasil, alemanha Brasil venceu a Alemanha por 1 a 0 em amistoso em Berlim

O amistoso contra a Alemanha servia para testar o Brasil mais uma vez sem Neymar. E para pensar em outra alternativa no meio-campo, com Fernandinho que tem pedido passagem por tudo que joga no City com Guardiola. Pelo pouco que Renato Augusto tem feito com Tite.
Nesse aspecto, estamos ainda em aberto. Com a bola, na construção. Sem a bola, porém, foi uma partida tática muito boa do Brasil. A Seleção evoluiu demais.

Com a bola, Casemiro se posicionou sempre muito bem na cabeça da área, com Fernandinho mais pela esquerda, e Paulinho saindo mais à direita – MAS JAMAIS COMO “ELEMENTO SURPRESA”. Surpresa é quando ele não vai pra área. Sem a bola, Paulinho se juntava a Gabriel Jesus no ataque, com duas linhas de quatro atrás deles: Willian e Coutinho pelos lados, Casemiro e Fernandinho centralizados, dando pouco espaço ao 4-2-3-1 do excelente time alternativo alemão.

Primeiro tempo de poucas oportunidades. Três para o Brasil e duas para a Alemanha. Duas das três de Tite em 58 segundos: Jesus isolou um contragolpe em que estava impedido. E na sequência fez o gol de cabeça no cruzamento de Willian, em mais uma trapalhada de Trapp, aos 35.

Na segunda etapa, o Brasil soube se fechar bem como soube recuperar bolas na frente. Foi nesse perde-pressiona que saiu o gol de Jesus. E a quinta chance brasileira aos 11, quando Fernandinho deu a bola para Coutinho bater forte, por cima.

Mesmo mais atrás, com as linhas mais próximas de Alisson também pela pressão alemã, a transição para o ataque foi rápida depois do intervalo. Como no belíssimo lance que teve corta-luz de Coutinho e bomba de Paulinho, bem defendida pelo goleiro Trapp.

Lowe mudou três jogadores aos 15. Sané não foi nada do que é. Goretzka aberto pela direita foi menos do que é. Mário Gómez foi o mesmo de sempre. Quase nada. A Alemanha piorou tecnicamente. Mas no bumba meu-einsbein deu uma melhoradinha. Nada que Alisson não defendesse muuuito bem, mais uma vez.

Tite fez bem em manter a ideia de time. E só fez a primeira mexida aos 27. Botando velocidade pela esquerda com Douglas Costa no lugar do ótimo Coutinho. E ele entrou como se tivesse jogado a partida inteira. Muito bem. Está na Copa. Como também estará o capitão Daniel Alves – ainda que em fase instável.

Nem tanto pelo que fez com a bola, mas muito pelo que fez sem ela, o Brasil foi muito bem em Berlin. Mereceu a vitória. E o aprendizado. Alisson só fez uma boa defesa aos 47 do segundo tempo num ótimo jogo de poucas oportunidades: cinco para cada lado.

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