Semifinal multicultural: 30 filhos de imigrantes estarão em campo em França x Bélgica

  • Por Jovem Pan
  • 10/07/2018 08h00 - Atualizado em 10/07/2018 08h09
Montagem / EFE Além do sonho de conquistar a Copa do Mundo, Mbappé, Pogba, Witsel e Lukaku possuem outros fatos em comum: todos são filhos de imigrantes e lutam contra o preconceito e desconfiança na França e na Bélgica

Nesta terça-feira (10), a partir das 15 horas, as atenções do mundo do esporte estarão voltadas para o estádio Krestovsky, em São Petersburgo. França e Bélgica vão se enfrentar pelas semifinais da Copa do Mundo da Rússia. Um embate entre duas das melhores seleções da atualidade e que promete muitas emoções.

Um duelo também que marca o encontro de 30 jogadores de ascendência africana, caribenha, asiática e até de outros países europeus, filhos de imigrantes como o goleador Romelu Lukaku, de origem congolesa, e o veloz Kylian Mbappé, de origem camaronesa e argelina, considerados os principais jogadores de Bélgica e França no mundial.

Jogadores que, para vestirem a camisa das seleções em uma Copa do Mundo, tiveram que enfrentar e superar em algum momento da carreira a desconfiança e discriminação, episódios que marcaram e que constantemente são lembrados em entrevistas coletivas ou depoimentos em redes sociais.

Mas, independentemente da origem, os jogadores deram demonstrações de suas qualidades e importância para as seleções e contribuíram diretamente para o sucesso de Bélgica e França na Copa do Mundo. Tanto que as duas seleções são apontadas como as favoritas a ficarem com o título na Rússia.

Africanos, caribenhos e europeus

Entre os belgas convocados pelo técnico espanhol Roberto Martínez para a disputa da Copa, oito têm origem africana. Cinco deles são da República Democrática do Congo, como Romelu Lukaku e Michy Batshuayi. Além da dupla de atacantes, Vincent Kompany, Dedryck Boyata e Youri Tielemans tem familiares no país da região central da África.

O belga Marouane Fellaini é filho de imigrantes marroquinos

Marouane Fellaini e Nacer Chadli, de origem marroquina, e Mousa Dembélé de Mali, completam a lista de “africanos” na seleção belga. Ascendentes de outros continentes também fazem parte dos Diabos Vermelhos, como Axel Witsel, de Martinica, Adnan Januzaj, de Kosovo, e Yannick Carrasco, da Espanha.

Pelo lado francês, o número de filhos de imigrantes é ainda maior. E começa por sua grande estrela, Kylian Mbappé, que é filho de pai camaronês e mãe argelina. Paul Pogba, outro destaque da seleção comandada por Didier Deschamps, tem origem guineense, enquanto o volante N’Golo Kanté tem raízes em Mali.

Samuel Umtiti em Camarões, Adil Rami em Marrocos, Benjamin Mendy em Senegal, Djibril Sidibé e Ousmane Dembélé em Mali, Corentin Tolisso em Togo, e Nabil Fékir na Argélia são outros filhos de imigrantes africanos. Quem também faz parte desta lista são Steve Mandanda e Steven N’Zonzi, com ascendências congolesas, e Blaise Matuidi angolana.

Varane, de origem martinicana, marcou o primeiro gol da França sobre o Uruguai

Os zagueiros Presnel Kimpembe do Haiti, e Raphael Varane de Martinica, além do goleiro Alphonse Aréola da Filipinas, e do atacante Thomas Lemar de Guadalupe, também são jogadores com origem em outros países que defendem a França, assim como o lateral Lucas Hernandez da Espanha, e Antoine Griezmann com raízes alemãs e portuguesas.

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