Corinthians estuda até empréstimo de Petros em caso de punição, diz advogado

  • Por Fabio Seródio
  • 15/08/2014 12h58

Volante acertou Raphael Claus no primeiro tempo

Reprodução Petros será denunciado por agressão ao árbitro e pode pegar 6 meses de gancho

O Corinthians começa a se preparar para o julgamento do volante Petros. Acusado de agredir o árbitro Raphael Claus, o jogador estrá na segunda-feira no STJD para evitar uma punição de até seis meses. O advogado do clube, João Zanforlin afirma que o Corinthians tentará desqualificar a acusação de agressão, e em caso de punição, não descarta nem mesmo emprestar o jogador para o exterior.

“Existe o artigo 258, que é desrespeito, que a pena máxima é seis jogo e uma multa de R$ 6 mil. Aí muita gente pode dizer que isso não vai servir de exemplo, isso vai ser um exemplo ruim. Olha, para quem joga futebol e no dia a dia ele precisa do condicionamento físico, da motivação, da vontade, esse período representa quase 50 dias. Eu acho que é bastante pelo ato que praticou”, explicou Zanforlin.

“Nós pensamos em alternativas se realmente tomar 180 dias. Nada impediria que ele fosse emprestado para o futebol estrangeiro. Isso é possível desde que a pena aqui seja suspensa, ele joga lá fora e no retorno ao Brasil cumpre a pena”, disse o advogado.

Petros acertou Claus pelas costas no clássico contra o Santos. Inicialmente o árbitro não havia relatado o lance na súmula, mas mudou o seu relato após a repercussão que o caso teve. Para Zanforlin, essa postura pode beneficiar Petros.

“Eu penso que sim, porque fizeram bobagem. Quando aconselharam o árbitro a fazer o relatório foi uma bobagem que não tem tamanho. Primeiro porque não pode fazer, está no artigo 11 do estatuto do Torcedor que ele pode em 24 horas apresentar um outro relatório se tiver um tumulto grave ou se houver necessidade de um laudo médico. Entendo que o pessoal da arbitragem se baseou no artigo 64 do regulamento geral da competição, e aqui entre nós, regulamento nenhum pode dizer mais do que diz a lei”, disse. 

Zanforlin lembra que a pena é tão pesada que se o Corinthians quisesse poderia até mesmo abrir mão de pagar o jogador.

“Como o Corinthians o não teve relação nenhuma no ato praticado pelo jogador, a lei Pelé dá inclusive direito ao Corinthians de não realizar o pagamento do jogador durante esse período de suspensão”, disse o advogado, citando uma iniciativa geralmente feita em casos de doping.

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