Corinthians aposta na torcida para parceria com novo patrocinador dar certo

  • Por Jovem Pan
  • 09/03/2019 08h57
LUIS MOURA/WPP/ESTADÃO CONTEÚDO Corinthians aposta em força de torcida para novo patrocinador dar certo

O Corinthians aposta na força de sua torcida para fazer prosperar o banco digital Meu Corinthians BMG. Depois de lançar o modelo de negócios em parceria com a instituição financeira no mês de janeiro, o clube divulgou nesta semana o “banco da nação corintiana”, de acordo com a ação de marketing.

Para participar, é simples. Os torcedores devem baixar o aplicativo para uso em celulares e computadores e escolher a transação, como pagamento de contas de consumo. O banco vai remunerar o clube com um porcentual de cada transação – o valor não foi divulgado. Não existem taxas de adesão ou de abertura de contas.

O modelo é diferente dos patrocínios esportivos tradicionais em que a empresa remunera o clube para expor marcas no uniforme em troca de visibilidade. Nesse caso, o negócio envolve a remuneração variável. O banco aposta suas fichas no aumento da base de clientes. O clube acredita que a força da torcida vai garantir a rentabilidade do negócio – mesmo sem a taxa de abertura de contas, como acontece no modelo adotado pelo Cruzeiro com o Banco Renner. A meta inicial é a conquista de 200 mil contas.

Fernando Trevisan, especialista em gestão esportiva, destaca o poder de atração do futebol. “Mesmo com a saída da Caixa, esses outros segmentos estão interessados no futebol. No caso do Corinthians, existe um grande desafio, pois não há taxa de abertura de conta. A geração de receitas vem da venda de produtos financeiros. Isso é um desafio, pois os torcedores já têm seus bancos”, alerta.

No passado, o Corinthians não teve experiências bem-sucedidas com patrocínios com remuneração variável. Em 2000 e 2001, a meta de bônus da Pepsi estava atrelada ao aumento de vendas. Até as latas eram personalizadas com o escudo do clube. As vendas não aumentaram e a Pepsi abandonou a tática. Recentemente, o projeto de cartão de crédito da Caixa e o sistema de fidelidade com o torcedor teve a adesão de apenas oito mil pessoas em dois anos.

*Com Estadão Conteúdo

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