Palmeiras tem pedido rejeitado no STJD e Corinthians é mantido como campeão paulista

  • Por Jovem Pan
  • 19/09/2018 14h15 - Atualizado em 19/09/2018 14h23
Cesar Greco/Agência Palmeiras/Divulgação O árbitro Marcelo Aparecido Ribeiro de Souza comandou o polêmico duelo entre Palmeiras e Corinthians na final do Campeonato Paulista de 2018

A tentativa do Palmeiras de impugnar o jogo de volta da final do Campeonato Paulista foi mais uma vez rejeitada. Dessa vez, foi o Superior Tribunal de Justiça Desportiva que negou o pedido alviverde. Em audiência na manhã desta quarta-feira (19), no Rio de Janeiro, a os auditores julgaram o caso e, por unanimidade, concluíram que o clube não apresentou provas de que houve interferência externa na partida contra o Corinthians.

O Palmeiras argumentava que a arbitragem, comandada por Marcelo Aparecido Ribeiro de Souza, voltou atrás na decisão inicial da marcação de um pênalti do volante Ralf sobre o atacante Dudu, no segundo tempo do confronto, no Allianz Parque, quando o adversário vencia por 1 a 0, após receber informações de dirigentes da Federação Paulista de Futebol que estavam fora do campo. Toda confusão demorou oito minutos.

Sem o pênalti, o placar se manteve em 1 a 0 e a vitória corintiana no tempo normal levou a disputa do título às cobranças de penalidades, nas quais os alvinegros triunfaram por 4 a 3 para ficarem com a taça. Assim, o clube do Parque São Jorge continua mantido como o campeão estadual de 2018.

Para tentar impugnar a final, o Palmeiras recorreu a vídeos, imagens e elaborou um documento com mais de cem páginas para reforçar a tese de que o árbitro voltou atrás na marcação do pênalti e assinalou escanteio após ser comunicado por dirigentes da Federação Paulista de Futebol que estavam fora do campo.

O Palmeiras até contratou uma empresa norte-americana especializada em inteligência, a Kroll, para ajudar a elaborar o material. O dossiê chegou a ser entregue ao Tribunal de Justiça Desportiva em São Paulo, mas o clube perdeu o caso porque o órgão entendeu que o material foi recebido depois do prazo de 48 horas após o apito final do jogo. Depois, porém, a diretoria alviverde recorreu ao STJD, que aceitou acatar a reclamação palmeirense e julgar o pedido de impugnação da final do Paulista.

Nesta quarta, porém, os auditores Otávio Noronha, Ronaldo Piacente, Antônio Vanderlei e Mauro Marcelo de Lima e Silva, além da auditora Arlete Mesquita, foram unânimes em concordar que o Palmeiras não conseguiu provar que houve interferência externa para a decisão polêmica tomada pelo árbitro do duelo de volta da final.

O relator do caso, José Perdiz, e o presidente do STJD, Paulo César Salomão Filho, também concluíram que não houve evidências desta prática irregular e, assim, o tribunal resolveu que não poderia impugnar o jogo apenas por causa de supostos indícios de irregularidade.

Não há possibilidade de recurso em tribunais nacionais ou regionais contra esta decisão do STJD, mas os advogados do Palmeiras ainda vão conversar com o presidente do clube, Maurício Galiotte, para possivelmente levar o caso aos tribunais internacionais.

A diretoria alviverde já sinalizou que poderá acionar a Corte Arbitral do Esporte (CAS, na sigla em inglês) ou a FIFA, ambas com sede na Suíça, em uma tentativa derradeira de impugnar a decisão estadual de 2018.

Com informações de Estadão Conteúdo

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