Ex-presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello é indiciado pelas mortes em incêndio no Ninho do Urubu

  • Por Jovem Pan
  • 11/06/2019 12h36
Celso Pupo/FotoArena/Estadão Conteúdo Eduard Bandeira de Mello, flamengo Eduardo Bandeira de Mello, ex-presidente do Flamengo, foi indiciado pelas mortes em incêndio no CT do clube

A Polícia Civil do Rio de Janeiro culpou por homicídio com dolo eventual (quando se assume o risco de matar) o ex-presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello, além de outras sete pessoas. O indiciamento se deve ao incêndio no Ninho do Urubu, o CT do Flamengo, na zona oeste da cidade, no início de fevereiro. Na ocasião, 10 jogadores da base do clube rubro-negro morreram e outros três ficaram feridos. As informações são da Globonews.

Segundo a emissora, o inquérito – assinado pelo delegado Márcio Petra – considerou que houve uma série de falhas que poderiam ter evitado o incêndio. Dentre os problemas encontrados estão estrutura incompatível – os adolescentes dormiam em contêineres transformados em dormitórios -, ausência de reparos dos aparelhos de ar condicionado instalados no contêiner (motivo do incêndio) e piora nas condições de alojamento das categorias de base.

O inquérito também apurou que o Flamengo, antes do incêndio, se recusou a assinar um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) proposto pelo Ministério Público do Rio de Janeiro para que fosse regularizada a situação do CT, além de não cumprir Ordem de Interdição efetuada pela Prefeitura.

O CT Ninho do Urubu chegou a ficar interditado de 27 de fevereiro a 11 de março, mas o Flamengo conseguiu liberá-lo após realização de vistorias e a assinatura de um TAC junto ao Corpo de Bombeiros com medidas regularizadoras contra incêndio e pânico.

Jhonata Ventura, Cauan Emanuel e Francisco Dyogo, todos de 15 anos, foram os três feridos que sobreviveram ao incêndio. Os mortos foram Arthur Vinícius, Bernardo Pisetta, Pablo Henrique, Vitor Isaías, Gedson Santos, Áthila Paixão, Christian Esmério, Rykelmo Viana, Jorge Eduardo dos Santos e Samuel Thomas.

* Com informações do Estadão Conteúdo

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