Gianni Infantino é reeleito para a presidência da Fifa em disputa sem concorrentes

  • Por Jovem Pan
  • 05/06/2019 09h18 - Atualizado em 05/06/2019 09h22
EFE/ Cristobal Herrera Gianni Infantino é o atual presidente da Fifa Suíço foi eleito pela primeira vez para comandar o órgão máximo do futebol em fevereiro de 2016, após a renúncia de Joseph Blatter

Único candidato nas eleições para a presidência da Fifa, o suíço Gianni Infantino foi reconduzido ao cargo nesta quarta (5). O atual mandatário foi aprovado por aclamação pelos representantes das 211 federações que formam a entidade e ocupará o posto até 2023.

Com 49 anos, o advogado foi eleito pela primeira vez para comandar o órgão máximo do futebol em fevereiro de 2016, após a renúncia de Joseph Blatter. O seu antecessor, também um suíço, deixou o cargo diante de um escândalo de corrupção na entidade. Agora, cumpre seis anos de suspensão por má conduta financeira.

Antes mesmo de sua reeleição, Infantino declarou que acabou com os escândalos e a corrupção na Fifa, apesar de vários membros do conselho da entidade terem sido alvo de acusações. “Para quem me ama, para quem me odeia, hoje eu quero todo mundo”, disse o suíço, que relembrou o cenário da sua primeira eleição ao cargo.

“Lembrem-se do estado da Fifa naquele congresso”, disse Infantino. “Os últimos três anos e quatro meses não foram perfeitos. Certamente eu cometi erros e tentei melhorar e fazer melhor, mas, hoje, em um dia de eleição, ninguém fala sobre crise. Ninguém fala em reconstruir a Fifa do zero. Ninguém fala sobre escândalos. Ninguém fala sobre corrupção”.

Em 2016, uma geração de dirigentes das Américas do Norte e do Sul foi afastada do futebol depois que a Justiça da Suíça e dos Estados Unidos investigaram casos de corrupção. Mas na era Infantino, quatro confederações continentais perderam membros eleitos para o Conselho da Fifa por acusações de corrupção e má administração financeira.

O presidente também chegou a ser investigado pelo Comitê de Ética da Fifa pelo uso de aviões particulares. Além disso, alguns investigadores deixaram seus cargos na entidade.

O dirigente, no entanto, diz que inverteu a situação de ilegalidade na entidade. “Essa organização passou de tóxica, quase criminosa, para o que deveria ser: uma organização que desenvolve o futebol, uma organização que se importa com o futebol. Nos transformamos em uma nova Fifa, uma organização que é sinônimo de credibilidade, confiança, integridade, igualdade e direitos humanos”.

Estadão Conteúdo

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