Corinthians bate o Fluminense em casa e avança às quartas da Copa do Brasil

  • Por Estadão Conteúdo
  • 22/09/2016 00h22
SP - COPA DO BRASIL/CORINTHIANS X FLUMINENSE - ESPORTES - Rodriguinho, do Corinthians, comemora após marcar gol durante partida contra o Fluminense, válida pelas oitavas de final da Copa do Brasil, na Arena Corinthians, na zona leste da capital paulista, nesta quarta-feira, 21. 21/09/2016 - Foto: ALEX SILVA/ESTADÃO CONTEÚDO ALEX SILVA/ESTADÃO CONTEÚDO Rodriguinho bate da entrada da área e abre o placar para o Corinthians diante do Fluminense

O Corinthians começou a se reerguer da crise com angústia, sufoco e placar magro nesta quarta-feira pela Copa do Brasil. O time bateu o Fluminense em Itaquera por 1 a 0, com gol de Rodriguinho, para encerrar a série de três jogos sem vitória e avançar às quartas de final da competição, feito que ameniza o cenário de pressão no clube. Após demissão de técnico e protestos da torcida, o interino Fábio Carille começou a gestão com resultado positivo.

O empate em 1 a 1 na partida de volta fez o jogo no Itaquerão ser uma armadilha ao Corinthians. O 1 a 0 possibilitou até os minutos finais o Fluminense precisar somente de um gol para levar aos pênaltis. E o time carioca assustou. Gum acertou uma cabeçada na trave, fora três gols anulados por impedimento. Para se reerguer, a equipe paulista teve de sofrer.

A demissão do técnico Cristóvão Borges no sábado, após derrota para o Palmeiras, e o ambiente ruim pelos protestos da torcida esvaziaram a arena. Após longos períodos de lotação máxima e presença efusiva dos corintianos, o momento de crise e a noite de chuva e frio fizeram incomuns clarões dominarem o cenário no Itaquerão. A presença total teve somente 400 pessoas a mais do que menor público da história do estádio.

O empate em 0 a 0 gerava uma contradição perigosa para o Corinthians. Se buscasse o gol com muita sede para ficar mais tranquilo no confronto, se arriscava a levar sustos e a se expor sufoco no contra-ataque. Porém, segurar o resultado era igualmente perigoso pelo risco de atrair o adversário.

A equipe preferiu inicialmente um meio-termo entre as duas opções. Com boas opções de saída de jogo, o Corinthians chegava bem ao ataque pelas laterais, tinha mais posse de bola e criava possibilidades sem ficar desorganizado, pois avançava lentamente. A melhora gradual da equipe em campo se deu após um início intenso do Fluminense. A equipe carioca teve dois gols anulados de Cícero por impedimento antes dos dez primeiros minutos.

Aos poucos o Corinthians se sentiu mais seguro, ao perceber que a crise, assim como o jogo, se superava com calma, toque de bola e paciência. A barreira era mais derrotar a si próprio. Era uma questão de autoconfiança e de compensar as defiências, como no setor ofensivo. Os atacantes não marcam desde 4 de julho. Não por acaso, a única chance perigosa do primeiro tempo veio com o zagueiro Balbuena, aos 43 minutos.

A solitária finalização perigosa foi a síntese da postura corintiana. Dominava a partida, sem definir as jogadas. A entrada do atacante Richarlison, no intervalo, deu ao Fluminense mais presença de área. O time carioca passou a ser melhor, teve um gol pela terceira vez anulado por impedimento. Só aí o Corinthians reagiu, ao se aproveitar da busca do time carioca pelo ataque.

Giovanni Augusto achou espaço inédito pela direita e cruzou para Rodriguinho, já na área, dominar e bater firme no canto de Julio Cesar para fazer 1 a 0, aos 23 minutos do segundo tempo. Cinco minutos depois, quase Marlone ampliou em lance muito parecido, mas defendido pelo goleiro. O Fluminense respondeu com uma cabeçada de Gum na trave e demarcou território: levar para os pênaltis era possível.

O sufoco corintiano só diminuiu com a expulsão de Marquinho, aos 40 minutos. O fim da agonia só veio com o apito final. Porque até lá as bolas aéreas continuaram a assustar pelos cinco minutos de acréscimos. Pelo menos, o placar magro bastou enormemente não só pela classificação, como também para amenizar o ambiente de pressão no Parque São Jorge.

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