Com virada no segundo tempo, Palmeiras bate Peñarol por 3 a 2

  • Por Jovem Pan com Estadão Conteúdo
  • 27/04/2017 00h11
EFE Herói da noite

Com dois tempos totalmente distintos, o Palmeiras voltou a vencer o Peñarol na Libertadores da América nesta quarta-feira. Assim como aconteceu no Allianz Parque, o time comandado por Eduardo Baptista bateu os uruguaios por 3 a 2 e ampliou sua vantagem na liderança do grupo 5, chegando aos 10 pontos. Agora o Verdão precisa apenas de um empate nos dois próximos jogos para se classificar sem depender de outros resultados.

A vitória de virada no Uruguai ameniza a tristeza pela eliminação no Campeonato Paulista, no sábado, e mostra o quanto time pode reagir, mesmo quando tudo começa mal. Baptista escalou o time titular pela primeira vez no ano com três zagueiros. No papel, o plano era se reforçar diante das jogadas aéreas. Na prática, foi um completo fracasso.

O Palmeiras foi incompetente na marcação, mesmo ao se posicionar com uma linha de cinco defensores, e inofensivo no ataque. Borja atuou sozinho no setor. A bola só chegava nele nos chutões, pois não havia criação de jogadas. O time passou o primeiro tempo sem levar perigo ao gol do Peñarol.

Por esse panorama, o intervalo com o placar de 2 a 0 contra foi justo. Os uruguaios fizeram os gols, aos 12 e aos 39 minutos, em dois cruzamentos vindos do lado direito. Se no primeiro foi justificável questionar uma falta em Mina, o segundo clareou o quanto a equipe estava caótica. Os uruguaios fizeram uma linha de passe dentro de área contra uma defesa com três zagueiros.

Abatido, o Palmeiras quase levou o terceiro e teve como maior aliado o fim do primeiro tempo. Apenas a interrupção do jogo poderia deixar o time menos perdido após 45 minutos catastróficos. Não por acaso, para o segundo tempo o esquema de três zagueiros foi desfeito, com duas substituições.

As alterações e o respectivo efeito positivo deixam o treinador palmeirense em um paradoxo entre o acerto nas trocas e o erro pelas escolhas iniciais. Pelo menos, o time se salvou, com um reação avassaladora e três gols em menos de 30 minutos na etapa final.

Com Willian e Tchê Tchê em campo, o Palmeiras passou a ter saída de bola e adquiriu dinamismo no ataque. No primeiro chute a gol, aos 3, Willian marcou de voleio. O empate veio com Mina, e novamente Willian, já aos 27, virou. O 3 a 2 parecia um milagre, mas soou mais como um alerta para o treinador não voltar a alterar tanto de uma vez só a formação do time.

Opinião JP

Para os comentaristas da Jovem Pan, Flávio Prado e Mauro Beting, o resultado conquistado pelo Palmeiras nesta quarta-feira foi uma das maiores viradas dos últimos tempos. Eles destacaram a mudança de postura do time brasileiro do primeiro para o segundo tempo e falaram também da confusão que os jogadores se envolveram após o apito final.

“O Palmeiras está sofrendo mais do que deveria, mas está construindo uma história fantástica nesta Libertadores. Sofrida, mas fantástica. Pela segunda etapa, pela virada, pela coletiva do Eduardo Baptista após o jogo, foi uma grande vitória, um grande resultado”, comentou Mauro Beting.

 “O Palmeiras no primeiro tempo não jogou. 2 a 0 e poderia ter sido mais. No segundo tempo, o Palmeiras mudou a formação, a postura, marcou três gols e poderia ter feito mais. Um resultado maiúsculo. Uma grande virada conquistada pelo Palmeiras nesta quarta-feira”, disse Flávio Prado.

O comentarista falou também sobre a “batalha campal” ocorrida após o termino do jogo. Para Flávio Prado, o Peñarol foi covarde, pois escolheu o local para agredir os jogadores e membros da comissão técnica do Palmeiras. “Poderíamos ter visto uma tragédia no Uruguai. Isso é lamentável”, concluiu.

Ouça os gols da partida entre Peñarol e Palmeiras:

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