Conselheiro que trouxe Valdivia diz que clube árabe deve servir como “ponte”

  • Por Jovem Pan
  • 21/07/2014 15h16
Twitter/Reprodução Valdívia posa ao lado dos dirigentes do Al Fujairah

Conselheiro do Palmeiras e grande responsável por trazer Valdivia de volta ao clube em 2010, já que foi o investidor que viabilizou a transação, Osório Furlan concedeu entrevista à Rádio Jovem Pan e falou sobre a saída do chileno, que acertou sua ida para o Al Fujairah, clube pequeno dos Emirados Árabes.

Para Furlan, o negócio não foi dos melhores, mas ao menos o clube de Palestra Itália recuperou uma grande parte do dinheiro investido.

“Se você analisar que o Valdivia já era um fundo perdido há um ano, o Palmeiras tinha que vender. Não foi exatamente nas condições que nós queríamos e nem no valor que ele foi comprado, mas pelo menos a gente já recupera uns 60% do investimento, o que acredito que seja um bom negócio”, disse o conselheiro. “Do jeito que o Valdivia estava, se você analisar que, há um ano, com todas as contusões dele, ninguém estava esperando vender ou, pelo menos, recuperar uma parte. Quando você compra mal, você acaba vendendo fora das condições que poderia vender”, prosseguiu.

Furlan também garantiu que não faz mais negócio envolvendo jogador diretamente com empresários: “eu investiria no Palmeiras, mas eu não compraria nenhum jogador pelas mãos de empresário. Eu, particularmente, entraria em contato com os proprietários dos direitos do jogador e só me interessaria comprar 100% do jogador e eu repassaria para o Palmeiras, que pagaria os salários e os direitos de imagem, e eu faria um contrato repassando um X para o clube se o jogador vingasse e recebesse um contrato do exterior maior do que foi pago”.

Osório frisou que o meia chileno também não deve permanecer no time dos Emirados por muito tempo.

“O que eu sei referente ao Valdivia é que é um time muito pequeno dos Emirados Árabes que comprou. Eu não sei se ele vai ficar lá ou se vai ser feito uma ponte com ele. Se algum clube da Europa ou se vai haver empréstimo para um clube do Brasil. Eu acho, é um feeling meu”, observou.

Perguntado sobre se teria feito o negócio caso pudesse voltar no tempo, Furlan preferiu não falar em arrependimento, mas criticou a postura do jogador em sua segunda passagem pelo Palmeiras.

“Na época o Valdivia era unanimidade, ninguém foi contra. Todos acharam que o Palmeiras estava fazendo um bom negócio. O problema é que ele veio com todos os problemas físicos. Eu não sei por que ele foi aprovado nos exames médicos”, disse. “O próprio Tirone (presidente), na época, falou da vida dele extracampo. Depois ele (Tirone) se indispôs comigo porque eu não tinha que interferir na vida particular do jogador. Deu no que deu, né? Ele não fazia o tratamento correto, adequado, não conseguia jogar. Praticamente ficou dos anos no Palmeiras sem jogar”, finalizou.

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