Mustafá Contursi exalta forte ligação com Palmeiras e relembra conquistas

  • Por Fredy Junior/Jovem Pan
  • 12/08/2014 16h30
AE Mustafá Contursi

Presidente do Palmeiras de 1993 a 2004, Mustafá Contursi é uma das figuras mais polêmicas e, por que não, emblemáticas da história do clube. Mandatário do Verdão em um período no qual o time conquistou alguns de seus maiores títulos, mas também muito criticado por sua administração, o dirigente com certeza teve uma passagem marcante pela presidência.

Em entrevista à Rádio Jovem Pan, Mustafá falou sobre o centenário do clube, sobre a Taça Rio de 1951, recentemente reconhecida pela Fifa como título mundial do Palmeiras, e sobre momentos marcantes da história da instituição.

O ex-presidente não escondeu sua gratidão por ter tido a chance de fazer parte da trajetória do Palmeiras.

“O meu orgulho de estar ligado a essa grande instituição, uma instituição que sempre honrou o esporte brasileiro. São mais de 60 anos, desde os meus dez anos de idade, quando me tornei associado, que eu tenho essa ligação, esse cordão umbilical, esse amor por essa instituição fantástica, que, com certeza, permanecerá por mais de um outro século grande como nós a trouxemos até aqui”, declarou.

Ao comentar sobre a Copa Rio, Mustafá fez questão de comentar a importância do título para a história do Verdão.

“Por coincidência eu tenho até um artigo que pediram que eu manifestasse um momento meu no Palmeiras e eu fiz um artigo para um livro oficial, uma das publicações do centenário do clube, onde eu destaquei a Copa Rio. Eu estava em Santos, nos meus dez anos de idade, em férias. Aquela emoção, aquela explosão do Palmeiras campeão do mundo. O Palmeiras era Brasil, não era Palmeiras, não tinha rivalidade. Por coincidência 20 dias depois já me tornei sócio do clube. Esse, indiscutivelmente, foi um grande momento do Palmeiras. Além de todos aqueles que nós aprendemos por ouvir dizer de antes”, disse.

“Uma das coisas que mais me orgulharam na minha administração foi ter conseguido comemorar o jubileu de ouro da Copa Rio. Foi uma grande festa. O que fica registrado, e os palmeirenses e os torcedores brasileiros precisam levar por esse aspecto, é que depois daquele mau resultado de 1950, no Maracanã, o Palmeiras reacendeu a chama da confiança dos brasileiros em nossa possibilidade de conquistas, com aquela vitória maiúscula na Copa Rio, com equipes qualificadas de outros países”, prosseguiu.

Mustafá exaltou as grandes conquistas do alviverde de Palestra Itália, mas se esquivou ao falar sobre o troféu mais importante levantado pelo Palmeiras. “As grandes conquistas que eu vi do Palmeiras. O fato de eu estar na presidência foi uma mera circunstância estatutária. O presidente é apenas uma figura de uma composição de muitos colaboradores. Quando a gente fala de uma pessoa, a gente tira a importância de toda a coletividade. E a grandeza do Palmeiras vem da atuação de toda a sua coletividade”, observou.

“Portanto eu não vou descartar nenhuma conquista daquelas que eu passei. Cada vitória é uma emoção renovada. Supercampeonato de 1959, o Roberto Gomes Pedrosa de 1969, o bicampeonato dos anos 70, brasileiro e paulista. É a soma de tudo isso. Tudo isso trouxe o Palmeiras a ser o campeão do século, a ser o maior laureado em campeonatos brasileiros, registrado oficialmente na CBF como a equipe que ganhou oito títulos. Considerando torneios nacionais que, antes de existir esse formato do Campeonato Brasileiro, tinham o mesmo sentido. Nada mais justo do que reconhecer esses campeonatos. E nós somos os que mais títulos temos”, pontuou.

Ao ser perguntado sobre o futuro do clube, sobre o que vê para os próximos anos, Mustafá Contursi frisou que deseja ver a instituição retomando seu equilíbrio em termos de administração.

“Em nossos 100 anos, pelo menos 93, 94 anos foram sempre uma demonstração de equilíbrio, de postura correta na administração das finanças. É isso que a gente espera para o futuro. A situação do Palmeiras vem se agravando dia a dia, porque nós ainda não temos um norte para repor o Palmeiras na sua verdadeira grandeza administrativa, financeira e patrimonial”, finalizou o ex-presidente.

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