Marco Aurélio Cunha nega motivação política em volta ao SP: “seria oportunista”

  • Por Jovem Pan
  • 09/09/2016 12h52

Marco Aurélio Cunha não pensa em ascender politicamente no São Paulo

Rafael Ribeiro/CBF/Divulgação Marco Aurélio Cunha não pensa em ascender politicamente no São Paulo

Foi o coração, e não a razão, que motivou o retorno de Marco Aurélio Cunha ao futebol tricolor. Em entrevista exclusiva a Márcio Spimpolo para o Jornal de Esportes, da Rádio Jovem Pan, o novo diretor executivo do São Paulo garantiu que só aceitou voltar ao clube para ajudá-lo a superar uma das maiores crises de sua história – e não para se fortalecer politicamente e pleitear uma possível candidatura à presidência nas eleições de 2017.

“Não. Eu não penso nisso. Se pensasse, estaria sendo oportunista e hipócrita. Meu pensamento hoje é somente ajudar a resolver os problemas do futebol do São Paulo. Ajudar o presidente, os conselheiros, contribuir para que a política interna seja menos agressiva..Pensar politicamente não seria justo e nem elegante“, afirmou, durante o contato exclusivo com Márcio Spimpolo.

Marco Aurélio Cunha deixou claro que pretende fazer um trabalho a curto prazo no São Paulo. Coordenador do futebol feminino da CBF, o dirigente teve de pedir licença do cargo para acertar com o clube do Morumbi. Porém, quer voltar à confederação em breve – muito provavelmente, em janeiro de 2017.

“O coração pesou 90% para que eu aceitasse o convite do presidente Leco. Se fosse pela razão, eu seguiria o meu trabalho no futebol feminino, que é lindo, espetacular e apoiado pelo Marco Polo,“, admitiu Marco Aurélio Cunha. 

Eu ganhei uma casa na CBF. Nunca pensei que ela fosse um lugar tão correto para se trabalhar. Estava lá fazendo parte das mudanças do futebol brasileiro e quero prosseguir em um futuro próximo. Porém, esse chamamento do São Paulo foi encarado como um dever. Eu não tinha direito de falar não”, acrescentou. 

Neste momento, o time tricolor ocupa a perigosa 14ª colocação do Campeonato Brasileiro, a apenas dois pontos da zona de rebaixamento para a segunda divisão. Fora de campo, o clube também vive crise profunda. Do ano passado para cá, dirigentes foram demitidos, a relação com as organizadas se deteriorou e houve até renúncia presidencial. 

Para Marco Aurélio Cunha, que é médico, a situação são-paulina se assemelha à de um paciente que necessita de atendimento com urgência. “Estamos em uma fase de pronto-socorro. O paciente não está bem e precisa voltar às condições normais de vida para poder pensar em 2017“, metaforizou.

Em alguns momentos, as costas do São Paulo se viraram para mim, mas eu nunca virei as costas para o clube. Tenho o dever de ajudar a todos os torcedores que confiam em mim. Das organizadas aos torcedores comuns. Espero que o respeito prossiga para que, nestes dois meses e meio, nós possamos devolver o São Paulo ao lugar que lhe cabe”, encerrou.

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