São Paulo elimina Atlético e se classifica para a semifinal da Libertadores

  • Por Jovem Pan
  • 18/05/2016 22h47
EFE Maicon

Nas oitavas de final da Copa Libertadores de 2013, o Galo havia atropelado o São Paulo, conquistando uma vitória por 4 a 1 no jogo decisivo, no estádio Independência, mesmo palco da partida desta quarta-feira (18). Quis o destino que, três anos depois, os dois clubes se cruzassem por uma vaga nas semifinais. E desta vez, mesmo com a derrota por 2 a 1, quem levou a melhor foi o clube paulista. Com o placar agregado de 2 a 2, o gol marcado fora definiu a classificação.

O Atlético entrou em campo com três desfalques. O mais importante deles foi Robinho, que não se recuperou da lesão na coxa sofrida na primeira partida e acabou dando lugar a Carlos. Já o São Paulo pôde jogar com força total: Ganso, que foi deixado por Bauza no banco em partidas fora de casa, por opção tática, atuou desde o início. Michel Bastos, que havia entrado no decorrer do jogo do Morumbi, também iniciou entre os onze.

Não demorou para o Galo demolir a vantagem tricolor. Aos seis minutos, Cazares aproveitou rebote de Denis e concluiu; o goleiro são-paulino ainda tentou tirar a bola, mas ela acabou entrando. E também não tardou para conseguir o segundo gol: Carlos recebeu cruzamento no segundo poste e, sozinho, cabeceou para as redes. A pressão do time mineiro surtiu efeito rápido sobre o atordoado São Paulo.

Em desvantagem, o tricolor tentou sair para o jogo e logo achou a recompensa. Aos 14 minutos, em escanteio, Maicon subiu mais que a zaga e fez de cabeça.

O Atlético continuava perigoso nas bolas alçadas na área. Aos 22, em cobrança de falta ensaiada, Leonardo Silva desviou de cabeça e acertou a trave; no rebote, Carlos errou o alvo. Mesmo após o gol, o tricolor permanecia desorganizado e não conseguia conter as jogadas de ataque atleticanas, sempre perigosas.

O jogo ficou mais equilibrado depois dos 30 minutos. O São Paulo passou a trocar passes no meio-campo sem se afobar, obrigando o Galo a ceder terreno. Disputas de bola mais duras renderam cartões amarelos a Maicon e Eduardo. Já acréscimos, Rodrigo Caio recebeu cruzamento na área e acertou a trave. Primeiro tempo movimentado no Independência deixava claro que muitas emoções ainda estavam por vir.

O Galo retornou ao segundo tempo apostando nos lançamentos na área e, como na primeira etapa, sufocava os visitantes. Recuado, o tricolor apostava as fichas nas bolas paradas. Aos 16, a chance dos anfitriões veio com uma boa troca de passes. De longe, Eduardo acertou chute forte. Denis deu rebote novamente, mas Patric estava impedido.

Aos 20 minutos o São Paulo quase chegou ao segundo gol em um contra-ataque bem tramado. O lance começou com Calleri no meio de campo e terminou com chute de Ganso, que acabou saindo fraco e facilitou a defesa de Victor. Jogada semelhante aconteceu na sequência, mas desta vez Michel Bastou parou na zaga atleticana antes de entrar na área para concluir.

O jogo seguia disputado e aberto, com o São Paulo menos acuado, sabendo utilizar a posse de bola. Aos 30 minutos, Michel Bastos sentiu a coxa e foi substituído pelo jovem Matheus Reis.

Nos minutos finais, não restava outra opção ao Atlético senão pressionar. Clayton fez boa jogada dentro da área e bateu à esquerda de Denis. Grande chance desperdiçada pelo time da casa. Para tentar uma bola decisiva, Aguirre promoveu a entrada de Dátolo faltando 5 minutos, que se transformaram em 10 com os acréscimos dados pelo árbitro.

Aos 48, Leandro Donizete deu entrada dura em Matheus Reis e foi expulso. Mas foi o lance final da partida que deixou os torcedores dos dois times com o coração na mão: uma falta perigosíssima para o Atlético, bem perto da área. Na cobrança, a estrela de Lucas Pratto não brilhou e ele isolou a bola. Desacreditado no início da competição, o São Paulo saiu do Horto classificado para as semifinais.

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