Árbitro nega interferência externa ao cancelar pênalti para Palmeiras

  • Por Estadão Conteúdo
  • 09/04/2018 13h08 - Atualizado em 09/04/2018 17h41
Palmeiras/Divulgação Árbitro teve que ser escoltado por policiais no clássico paulista

O árbitro Marcelo Aparecido de Souza negou, em entrevista nesta segunda-feira (9), que houve interferência externa na decisão de cancelar o pênalti assinalado ao Palmeiras na decisão do Campeonato Paulista contra o Corinthians, domingo, no Allianz Parque.

“Quero deixar claro que não houve interferência externa”, enfatizou em conversa com o Sportv. “O mais importante de tudo é que a decisão foi acertada”, prosseguiu o árbitro, que tentou explicar o lance mais polêmico da decisão.

O árbitro voltou a repetir as informações que colocou na súmula, de que a demora na marcação do lance aconteceu porque ele não conseguiu ouvir os avisos do quarto árbitro no ponto eletrônico. Por isso precisou da reunião no gramado em meio a reclamação dos jogadores de ambas as equipes.

Após a marcação inicial da penalidade, Marcelo Aparecido demorou seis minutos até tomar a decisão de voltar atrás e mandar a partida seguir com escanteio a favor do Palmeiras. Na entrevista, o árbitro admitiu que o que aconteceu não foi o ideal. “Foi uma arbitragem boa, tranquila até o momento desse lance, que foi o divisor de águas.”

“Houve uma demora. Isso complica. Mas quando você está envolvido em uma decisão dessa, que pode definir o campeonato, você nem percebe que se passaram sete minutos. Não foi o ideal, mas pelo menos foi o certo”, prosseguiu.

Na súmula, Marcelo Aparecido detalhou o ocorrido: “Informo que aos 33 minutos do 2º tempo da partida, marquei uma penalidade a favor da equipe da S.E.Palmeiras. No momento da marcação os jogadores da equipe adversária, questionam a marcação e pressionam para que a mesma seja modificada. Durante esse questionamento o quarto arbitro sr. Adriano de Assis Miranda me informa dizendo: ‘Canto’. Devido os jogadores falarem comigo, os atletas reservas de ambas as equipes falarem simultaneamente com o 4º arbitro e também com o assistente 1, sr. Anderson José de Moraes Coelho, bem como o barulho da torcida, eu não pude ouvir com clareza a informação do 4º arbitro. Após conseguir me aproximar do 4º árbitro, o mesmo me disse as seguintes palavras: ‘Marcelo pra mim, ele toca na bola, mas a decisão é sua'”, disse Marcelo Aparecido de Souza.

A assessoria de imprensa da FPF divulgou uma nota em que aprovou a atuação da arbitragem. “O departamento de arbitragem da FPF trabalha diariamente pela excelência. O intuito sempre foi de que a arbitragem não interfira nos resultados das competições. E esse objetivo foi alcançado. A decisão da arbitragem, de anular o pênalti que havia sido marcado equivocadamente, foi correta”, disse o comunicado.

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