Futuro do Palmeiras: Após acertos e erros, Galiotte ganhou eleição e terá 6 desafios

  • Por Jovem Pan
  • 27/11/2018 09h23
Palmeiras/ Divulgação Mattos, Galiotte e Felipão comemoram título do Brasileirão

A diretoria do Palmeiras teve uma gestão de acertos e erros nos últimos 2 anos. Mas o título do Campeonato Brasileiro e a vitória na eleição, ambos conquistados no último final de semana, rendem elogios e motivos para comemoração. Mas com moderação, pois já existem 6 grandes desafios para o próximo mandato.

A diretoria tem muito mérito no título do Brasileirão por ter criado um elenco forte, que permitiu a manutenção do clube na briga por 3 títulos. Mesmo com um “time B”, o Palmeiras assumiu a liderança da disputa e depois confirmou o título.

Outro acerto foi a contratação de Felipão. A demissão de Roger Machado já foi contestada por muitos. E a chegada de um técnico tão veterano também rendeu críticas. Mas o tempo mostrou como isso foi decisivo para a conquista.

Porém, também aconteceram erros, como a polêmica mudança no contrato com a patrocinadora Crefisa. Algumas alterações transformaram o investimento em dívida, que agora gira em torno de R$ 120 milhões. O Verdão deve pagar boa parte desse valor com as vendas de jogadores, que estão valorizados, mas também pode haver um grande prejuízo para o futuro.

E todos esses acertos e erros têm relação com os 6 grandes desafios de Galiotte, que terá um mandato de 3 anos para resolvê-los.

Renovação com Alexandre Mattos

O sucesso do Palmeiras nos últimos 4 anos passa pelo trabalho de Alexandre Mattos. Entre acertos e erros, o gerente de futebol foi responsável por negociações decisivas e tem méritos. Mas o contrato com o Verdão será encerrado agora e existem especulações do interesse de outros clubes. Caberá a Galiotte a missão de convencê-lo a ficar.

Dudu no futuro do Palmeiras?

Logo depois do título, a torcida do Palmeiras já começou uma campanha pela permanência de Dudu, craque do Brasileirão. Mas as propostas devem surgir e existe a vontade do jogador sair para grandes centros do futebol. A diretoria já segurou o atacante em outras oportunidades, o que dificuldade a manutenção dele agora. Se de fato Dudu sair, como será a reposição de um jogador tão importante?

Mais contratações

Apesar do elenco do Palmeiras realmente ser forte, é possível encontrar alguns pontos fracos. Na posição de 2º volante, por exemplo, não há um substituto ideal para Bruno Henrique. Felipão improvisou Moisés e Felipe Melo nessa função, mas não é o ideal.

Na frente, entre os jogadores que atuam pelas pontas, falta alguém com velocidade e poder de drible. Apenas Dudu tem essas características. E a grave lesão de Willian ainda diminui as opções para essa posição no 1º semestre de 2018. Enfim, o Palmeiras corre o risco de começar 2019 sem nenhum ponta titular por causa da possível saída de Dudu e da lesão de Willian. É preciso definir quem serão os substitutos.

Categorias de base

O Palmeiras conseguiu ótimos resultados em todas categorias de base nos últimos 2 anos. Mas é preciso fazer a transição desses jogadores para o time profissional. Apesar do clube ter poder de compra, é importante planejar o aproveitamento de jovens no elenco também. A identificação de Victor Luís, que saiu da base do Palmeiras, chamou atenção na campanha do título de 2018. Isso deve servir de exemplo para a diretoria.

Patrocínio

A questão mais polêmica no clube atualmente é a parceria com a Crefisa. Leila Pereira, dona da empresa, já anunciou que fará a renovação por mais 3 anos. Mas o contrato não está assinado e ainda acontecerão negociações.

Conselheiros do Palmeiras informaram que existe outra empresa disposta a investir forte no Palmeiras. Existe até a possibilidade dela patrocinar o clube junto com a Crefisa. Mas conseguir um acordo para isso será um grande desafio.

Oposição forte

Apesar de ter vencido a eleição, Mauricio Galiotte viu uma oposição forte ser formada no clube. Os ex-presidentes Mustafá Contursi e Paulo Nobre se juntaram ao influente conselheiro Genaro Marino e obtiveram um resultado razoável, com mais de mil votos. Agora eles terão que ser ouvidos com mais frequência no clube e fiscalizarão de perto a diretoria, que no início estava acostumada a ter hegemonia e tranquilidade.

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