‘Craques como Pelé e Neymar nos obrigam a jogar para frente’, diz Sampaoli no Santos

  • Por Jovem Pan
  • 18/12/2018 17h25
FLAVIO CORVELLO/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO Jorge Sampaoli foi apresentado como novo técnico do Santos

Jorge Sampaoli concedeu nesta terça-feira (18) a primeira coletiva como técnico do Santos. O argentino, que assinou contrato por duas temporadas e foi apresentado oficialmente no Museu do Futebol, em São Paulo, deixou bem claro que colocará o time para jogar no ataque. E o pensamento de colocar a equipe para frente foi o que o motivou para comandar uma equipe brasileira.

“Hoje o pensamento futebolístico olha primeiro para trás para depois olhar para frente. A característica atual é neutralizar e não propor. Minha ideia é pensar para frente. Tentarei colocar minha ideia em um clube que teve craques como Pelé e Neymar, que nos obrigam a jogar para frente”, afirmou. “Estou nesse lugar que é o centro do futebol. Daqui do Brasil saem os melhores jogadores para a Europa. É importante tentar encontrar e potencializar o talento. É um desafio”, complementou.

O presidente José Carlos Peres presenteou o novo treinador com a camisa 10 do clube. O comandante chegou no domingo (16) ao Brasil e foi recepcionado com festa por cerca de 200 torcedores santistas no seu desembarque. “Isso é uma grande motivação. A confiança e expectativa que os torcedores depositam em mim só me fazem querer ainda mais um grande trabalho”, afirmou.

Sampaoli também comentou sobre os treinadores brasileiros. Apesar de elogiar Tite e Luiz Felipe Scolari, reconheceu que pensa o futebol de maneira diferente. “São técnicos de muita capacidade, com estilos diferentes, mas que respeito muito. O Tite, da seleção, é muito respeitado. O Scolari também. São treinadores que não têm a mesma ideia que eu, mas são muito respeitados. Vai ser duro impor essa minha estrutura que já deu resultado no futebol brasileiro. Tomara que possa competir com os grandes aqui no Brasil”, projetou.

O argentino substitui Cuca, ausente das atividades profissionais por conta de problemas cardíacos. Seu último trabalho foi na seleção da Argentina, pela qual não teve uma boa campanha na Copa do Mundo da Rússia – caiu nas oitavas de final para a França. “As alegrias no futebol são passageiras. Mas as tristezas demoram muito para passar. Uma das minhas maiores tristezas foi não dar à seleção argentina um título”, comentou.

*Com Estadão Conteúdo

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