Para evitar prisão e punição, Independiente publica cartilha para torcida não cometer atos racistas

  • Por Jovem Pan
  • 27/08/2018 16h30 - Atualizado em 27/08/2018 18h00
Reprodução Twitter Torcida do Independiente já se envolveu em confusão nos duelos contra Flamengo e Corinthians

Na véspera do confronto contra o Santos, pelas oitavas de final da Libertadores da América, o Independiente publicou em seu site oficial uma cartilha de recomendações para os torcedores que virão ao Brasil acompanhar o duelo no Pacaembu.

Na nota, o clube argentino dá dicas de como chegar e deixar o estádio na capital paulista, além do que pode ser levado e o que é proibido na entrada dos torcedores. Além disso, destacaram a importância de evitar gestos racistas contra os adversários.

No entanto, o que chama a atenção na cartilha são os motivos para que os torcedores não sejam racistas e não a condenação aos atos. De acordo com o Independiente, é “altamente recomendável” evitar os gestos de macaco para que o clube não seja punido, nem para que os torcedores sejam presos.

O clube argentino cita que no Brasil é crime assimilar a pessoa ao animal e que a polícia age por iniciativa própria quando vê atos dessa natureza e prende os torcedores. Eles lembraram ainda que em jogos anteriores, houve prisões.

E que quando isso acontece, o torcedor acaba sendo exposto a sérias consequências, como gastos com multas e despesas com advogados, além de correr o risco de perder o vôo e atrasar seu retorno a Argentina.

Na primeira fase da Libertadores da América, na partida contra o Corinthians, torcedores alvinegros que foram a Avellaneda foram vítimas de racismo, com rivais fazendo gestos de macaco para os brasileiros.

O mesmo aconteceu com os flamenguistas em 2017, na final da Copa Sul-Americana, quando os rubro-negros foram vítimas das provocações dos argentinos. Na oportunidade, o clube argentino divulgou uma nota oficial repudiando a atitude de seus torcedores.

A Conmebol, organizadora da Copa Sul-Americana, por sua vez, acabou multando o Independiente em US$ 15 mil (cerca de R$ 49,3 mil) e fez uma advertência para sanções mais severas em caso de reincidência, o que não aconteceu.

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