Delegado não confirma estupro e diz que identificou mais 3 co-autores do assassinato de Daniel

  • Por Jovem Pan
  • 01/11/2018 16h46
Coritiba/ Divulgação Daniel foi assassinado de forma cruel, segundo o delegado

O delegado que investiga a morte do jogador Daniel, Amadeu Trevisan, deu uma entrevista coletiva nesta quinta-feira (1) e esclareceu mais detalhes sobre o assassinato. Ele confirmou a maioria das informações dadas por Edison Brittes Junior, que assumiu a autoria do crime. Mas ressaltou que o estupro não está confirmado. E ainda acrescentou que mais 3 co-autores do assassinato já foram identificados.

O assassino Edison alegou que encontrou a própria esposa sendo estuprada por Daniel. E de fato existem fotos na internet em que o jogador aparece ao lado de uma mulher que está dormindo. Mas mesmo assim o delegado foi cauteloso: “A tentativa de estupro teremos que apurar. Não sabemos se houve isso ou se simplesmente a vítima deitou e ele tirou foto”.

Daniel estava na festa de aniversário da filha de Edison, Allana. O jogador era amigo dela e inclusive foi para a festa dela no ano passado também. Mas o delegado não confirmou se Daniel conhecia Edison ou a esposa, Cristiana.

Trevisan destacou que a confirmação do estupro será investigada, mas não é tão importante: “Por mais que o Edison tivesse pego a mulher naquelas condições que ele falou, foi um excesso dele. A resposta dele foi um excesso totalmente desproporcional. Não haveria necessidade de exterminar o Daniel dessa forma cruel. Mesmo que tenha havido tentativa de estupro é preciso entender que a resposta foi desproporcional”.

O corpo de Daniel foi encontrado com o pênis cortado e a cabeça quase degolada. Esses golpes feitos por uma faca só aconteceram depois dele ter sido brutalmente agredido. O delegado informou que mais 3 pessoas participaram do espancamento e já foram identificadas. Ele prometeu que iria expedir mandados de prisão: “Ou eles vêm até aqui ou vamos buscá-los”.

Agora a Polícia Civil do Paraná vai ouvir formalmente todos co-autores que já foram presos, Edison, Cristiana e Allana. Eles são considerados co-autores e estão presos temporariamente por 30 dias.

Além disso, outras ações da polícia serão investigar o laudo da perícia feita na casa de Edison, onde ocorreu a festa; fazer perícia no carro de Edison; e procurar pela faca do crime, que teria sido jogada em um riacho em São José dos Pinhais.

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