Capitão do Tri, Carlos Alberto Torres sofre infarto fulminante e morre aos 72 anos

  • Por Jovem Pan
  • 25/10/2016 12h33
EFE Carlos Alberto Torres posa com taça da Copa no Rio de Janeiro

Capitão da maior seleção de todos os tempos, Carlos Alberto Torres morreu. O ex-lateral, que vestiu a tarja do Brasil tricampeão do mundo em 1970, sofreu um infarto fulminante e faleceu na manhã desta terça-feira, no Rio de Janeiro. Torres foi ídolo de Santos, Botafogo, Fluminense e Flamengo, e líder do maior time da história das Copas. Nos últimos anos, trabalhou como comentarista do Sportv.

A carreira de Carlos Alberto Torres pode ser resumida em um lance: o quarto gol da Seleção Brasileira na final do Mundial do México, contra a Itália. Foi uma jogada magistral, coletiva ao extremo, que se encerrou com uma finalização perfeita do Capita após lindo passe de Pelé. O gol, que, para muitos, foi o mais bonito da história das Copas, encerrou a campanha da Seleção mais aclamada de todos os tempos no Mundial de 1970.

E ele não poderia ter sido marcado por outro jogador. Carlos Alberto Torres era o chefe da constelação de craques que vestiu verde e amarelo no México. Olhos, ouvidos e boca de Zagallo dentro de campo, Torres comandava gênios do quilate de Rivellino, Gerson, Tostão, Jairzinho e Clodoaldo. E dava broncas até em Pelé. Entre as quatro linhas, o Rei virava sudito do Capita – homem que beijou e ergueu a Jules Rimet no lendário Estádio Azteca.

Mas a carreira de Carlos Alberto Torres não se restringe à exímia participação na Copa do Mundo de 1970. Além da Seleção Brasileira, o jogador marcou época também em grandes clubes do País, como Santos, Botafogo e Fluminense. Torres foi tricampeão carioca pelo time tricolor (1964, 1975 e 1976) e ganhou dois títulos brasileiros (1965 e 1968) e cinco taças estaduais pela equipe paulista (1965, 1967, 1968, 1968 e 1973). 

Depois de se aposentar, em 1982, o Capita virou técnico e estreou com o pé direito, conquistando o título brasileiro de 1983 com o Flamengo. O treinador Carlos Alberto Torres também foi campeão carioca pelo Fluminense (1984) e da Copa Conmebol pelo Botafogo (1993). Sua última atuação à frente dos bancos de reservas foi em 2005, no Paysandu.

Antes de morrer, Carlos Alberto Torres trabalhou como comentarista esportivo do Sportv. Sempre muito simpático, concedeu sua última entrevista à Rádio Jovem Pan em agosto. Ao repórter Daniel Lian, o Capita disparou críticas à CBF e pediu melhor comportamento de Neymar, o qual disse que “não era mais menino”.

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