Vadão demonstra confiança em reverter sequência ruim antes do Mundial

  • Por Jovem Pan
  • 25/04/2019 19h58
Lucas Figueiredo/CBF O técnico Oswaldo Alvarez vai comandar a seleção brasileira no Mundial de futebol feminino

A seleção brasileira feminina de futebol vive a pior sequência de resultados de sua história, com nove derrotas consecutivas às vésperas do Mundial, que será disputado de 7 de junho a 7 de julho na França. Mas o técnico Oswaldo Alvarez disse nesta quinta-feira (25) que acredita que a equipe se recuperará a tempo de ir bem na competição.

“Acredito que podemos esquecer esse passado recente de resultados negativos e começar a recuperação antes do Mundial. Ainda temos tempo”, afirmou o treinador em um seminário sobre o futebol feminino organizado pela CBF no Rio de Janeiro.

Vadão revelou ter tido uma conversa muito franca com as jogadoras após a última derrota, para a Escócia por 1 a 0, no dia 8, durante a qual todos fizeram um pacto e se comprometeram a reverter a situação.

“São momentos pelos quais ninguém tinha passado na seleção feminina, se trata de um momento incômodo para todos, mas as jogadoras, pelo que disseram nessa reunião, consideram possível reverter tudo, mesmo como pouco tempo”, afirmou.

O Brasil não vence desde julho de 2018, quando bateu o Japão pela Copa das Nações. Desde então, marcou cinco gols, sofreu 18 e perdeu para Estados Unidos (4 a 1 e 1 a 0), Canadá (1 a 0), Inglaterra (2 a 1 e 1 a 0), França (3 a 1), Japão (3 a 1), Espanha (2 a 1) e Escócia (1 a 0).

O técnico declarou que, apesar das diferentes justificativas, como as lesões de algumas jogadoras ou a ausência das principais estrelas nos amistosos, ninguém pode negar que a seleção passa por crise.

“Mas teremos 15 dias de preparação e, após uma conversa muito boa que tivemos, tenho certeza de que vamos reverter isso e vamos desempenhar um bom papel no Mundial”, destacou o treinador, que ressaltou que a sequência ruim aconteceu depois de um bom desempenho nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em que a equipe ficou em quarto lugar.

“Na época, conseguimos treinar muito bem porque as atletas estavam no país. Nós nos habituamos a isso. Mas há um fato novo: a maioria foi jogar em outros países. Por isso, temos nos encontrado muito pouco e treinamos muito pouco”, observou.

“Já não temos mais o controle sobre as atletas. Todas foram para outros países e vivem a realidade dos seus países, algumas com a temporada mal começando e outras no final de temporada”, acrescentou.

O Brasil está no grupo C do Mundial da França, junto com Jamaica, Austrália, algoz nas oitavas de final em 2015, e Itália. A chave é considerada difícil pelo técnico.

“A Austrália, na teoria, é o maior adversário do grupo porque tem uma seleção muito boa e com bons resultados. A Itália melhorou muito nos dois últimos anos após várias mudanças, e a Jamaica é a grande surpresa porque nunca disputou o Mundial. mas conta com uma equipe alta, forte e rápida”, analisou.

*Com EFE

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