Galo empata na Colômbia e garante “só” a vaga nas oitavas da Libertadores

  • Por Agência EFE
  • 04/04/2014 01h24

O Atlético-MG empatou fora de casa com o Independiente Santa Fé e assegurou vaga nas oitavas

EFE Lance da partida entre Independiente Santa Fé e Atlético-MG

Mesmo com Victor em noite inspirada, fazendo ao menos quatro defesas espetaculares, o Atlético Mineiro não resistiu a pressão do Independiente Santa Fé em Bogotá, cedeu empate em 1 a 1, e perdeu a chance de garantir com uma rodada de antecedência a liderança do grupo 4 da Taça Libertadores.

A igualdade, no entanto, não foi totalmente ruim para o campeão continental, que assegurou lugar nas oitavas de final, se juntando a mais um brasileiro, o Grêmio, que avançou ontem. O resultado, no entando, deixa o Galo na sexta posição entre os líderes, três abaixo da que terminaria a quinta rodada se vencesse por placar simples.

Hoje no estádio El Campín, Guilherme colocou o Atlético na frente logo aos 6 minutos do primeiro tempo. Depois disso, o Santa Fé promoveu um verdadeiro bombardeio. Cuero foi o único a conseguir vencer Victor, aos 18 da etapa final.

Na próxima quinta-feira, o time mineiro voltará a campo para receber o Zamora, precisando empatar para ficar na ponta. Mesmo com a vitória, o clube não repetirá o feito de ser o primeiro da fase de grupos, já que a equipe tem nove pontos, quatro atrás do Santos Laguna, melhor líder até aqui.

O Galo embarcou para a Colômbia com um problema na bagagem: Fernandinho. O atacante foi vetado devido uma lesão na coxa esquerda. Com isso, Paulo Autuori optou por escalar Guilherme mais recuado, atuando no meio com Ronaldinho Gaúcho.

A aposta se mostrou certeira. No campo pesado devido forte chuva que caiu em Bogotá antes da partida, o Atlético mostrou força desde o primeiro minuto. Aos 6, em trama rápida, Jô deixou Guilherme frente a frente com o goleiro Vargas, e o camisa 17 não perdoou, abrindo o placar.

O Santa Fé, diante de um resultado muito ruim para suas aspirações, partiu para cima. Aos 14, Copete recebeu na entrada da área e soltou uma bomba, mas Victor voou e conseguiu espalmar, impedindo o empate. Pouco depois, o grande heroi atleticano na última Libertadores apareceu bem de novo, em finalização de Anchico.

Acuado, o Galo respondeu apenas aos 26, ficando muito perto de ampliar o marcador. Em ataque veloz, os protagonistas foram os mesmos do primeiro gol. Jô serviu Guilherme, que invadiu a área e bateu, desta vez parando na defesa de Vargas.

A pressão do time de Bogotá, no entanto, seguiu intensa, mas contida por Victor. Aos 31, após bola levantada na área, Ferreira conseguiu dar toque de cabeça, mas o goleiro estava atento para impedir que a bola fosse para o gol.

Para a etapa complementar, o Santa Fé voltou com mudanças no time, devido a saída de o meia Ferreira e do atacante Herrera para a entrada de Medina e Arías, respectivamente. Só não foi alterada da pressão sobre o Galo, com abuso nas bolas aéreas e poucas finalizações, é verdade.

Sentindo a pressão, o Paulo Autuori buscou fortalecer o setor defensivo, tirando Diego Tardelli para a entrada do jovem lateral direito Alex Silva, que foi lançado no lado canhoto, para Dátolo atuar mais avançado.

Quem levou a melhor nas mexidas foi o técnico do Santa Fé, Wilson Gutiérrez, com o empate obtido aos 18 minutos do segundo tempo, quando Mosquera fez cruzamento preciso da esquerda para Cuero, que apareceu no meio da zaga atleticana para marcar.

O time colombiano não se mostrou satisfeito com a igualdade, e seguiu dominando completamente o jogo. Aos 27 minutos, Victor foi obrigado a fazer ótima intervenção outra vez, em chute de longa distância executado por Arías. No lance, o goleiro caiu de mal jeito e ficou sentindo o ombro, preocupando os atleticanos.

Em menos de cinco minutos, o camisa 1 do Galo mostrou que tudo não passou de um susto, operando dois milagres no El Campín, em finalizações à queima roupa de Copete e Cardona.

Tentando dar mais mobilidade ao time brasileiro, Paulo Autuori colocou Neto Berola no lugar de Guilherme. No primeiro lance do atacante, aos 35, um belo passe para Dátolo, que acabou finalizando muito mal, por cima do gol.

Em seguida, Autuori mexeu com mais ousadia, lançando o jovem atacante Marion no lugar de Leandro Donizete. Nos minutos finais, no entanto, quem jogou a favor do Atlético foi um jovem torcedor, que invadiu o campo para abraçar Ronaldinho Gaúcho, levando ao desespero os donos da casa.

Nos acréscimos da segunda etapa, por pouco Ronaldinho não faz um gol do meio de campo. Após o chute quase despretensioso do camisa 10, o goleiro Vargas escorregou, mas ainda assim conseguiu fazer a defesa, garantindo o empate em 1 a 1. Mesmo sem marcar, o craque foi ovacionado, e deu, praticamente, uma volta olímpica no gramado, para receber os aplausos dos colombianos presentes no estádio.

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