Gandulas recebem treinamento especial para atuar na Copa 2014

  • Por Jovem Pan
  • 27/03/2014 11h47
RIO DE JANEIRO, RJ, BRASIL, 07-05- 2011, 14h30: Maria Clissia, 15, é uma das gandulas da Copa das Confederações. Surpreendeu-se ao ter de fazer até prova escrita para ser selecionada. Ela é goleira do time de futebol do Vasco. Na foto, posa para fotos na Quinta da Boa Vista. (Foto: Luciana Whitaker/ Folhapress, ESPORTES) Folhapress Gandulas da Copa recebem treinamento especial

Dentro do campo de jogo a atenção fica sempre voltada para os atletas e para o árbitro, mas há sempre personagens importantes que passam despercebidos. Victor Hugo Teixeira, árbitro de futsal e membro da Federação Carioca de Futebol, contou, em entrevista exclusiva ao repórter Jovem Pan Bruno Vicari, como foi o treinamento especial realizado com jovens entre 14 e 17 anos que atuarão como gandulas em partidas da Copa 2014.

No último final de semana, Teixeira comandou um trabalho teórico e prático com os jovens gandulas que participarão dos jogos em São Paulo. “Fizemos uma apresentação para eles para que entendessem como se posicionar no gramado, qual a conduta deles perante ao evento e todos os envolvidos com o Mundial”, disse.

Sobre a postura ao lado do gramado, Teixeira explica o direcionamento do treinamento prático. “No dia seguinte, na parte prática, fizemos um reconhecimento do gramado e eles viram realmente o posicionamento, como repor a bola e o que pode ou não ser feito. Nossa intenção é mostrar para eles a imparcialidade e a conduta ética que eles deverão ter”, afirmou.

O perfil dos futuros gandulas do Mundial consiste em jovens abaixo da maioridade. “Eles são meninos entre 14 e 17 anos que são campeões e vices da etapa regionais da Copa Coca-Cola. A partir desse treinamento, eles serão selacionados e classificados para poder participar da Copa do Mundo”. 

Teixeira ressalta que o gandulo tem que seguir um determinado comportamento e não pode agir a partir do próprio impulso. “O gandula nunca posicionará a bola no local da cobrança. Ele vai colocar a bola na mão do jogador ou nas mãos do árbitro. Assim que será feito, eles esperarão a solicitação de outros”. Ele também descartou que os gandulas tirarão proveito de sua proximidade com os astros do torneio. “Eles não terão contato com o jogador. O único contato será gestual, não vai poder falar com o jogador, não vai poder tirar foto e nem pedir autógrafo”.

Apesar da rigidez de contuda, Teixeira garante que os jovens estão empolgados com a futura função. “Eles estão empolgadíssimos. Querendo ou não, eles estarão no campo, bem próximos aos jogadores. Qual criança ou adolescente pode ter essa oportunidade de mostrar que ele está atuando em algo assim?”

Contando os dias

Lara Barbieri, volante da Seleção de Valinhos, equipe campeã da Copa Coca-Cola e que já atuou pela Seleção Sub-15 e 17. Ela conta a expecativa de atuar como gandula em partidas que poderão ser históricas na segunda Copa realizada em solo brasileira. “Estou empolgada, já que será a primeira vez que serei gandula”, comemorou.  

Ela revelou a expecativa de ver a dona da casa bem de perto. “Queria trabalhar em algum jogo do Brasil. Se possível, a semifinal na Arena Corinthians e gostaria de fazer também de fazer um jogo na Argentina ou Portugal para ver Messi e Cristiano Ronaldo”, disse.

Questionada sobre seu ídolo na posição, ela respondeu sem pensar duas vezes. “Gosto bastante do Paulinho, até por ser corintiana. Me inspiro no estilo de jogo dele”, concluiu.

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