Meninas do Brasil pecam no ataque, perdem para Holanda e ficam sem medalha

  • Por EFE
  • 16/08/2016 11h42
RJ - RIO 2016/HANDEBOL/BRASI/HOLANDA/QUARTA DE FINAL - ESPORTES - Partida ente Brasil e Holanda pelas quartas de final do handebol feminino, nos Jogos Olímpicos do Rio 16/08/2016 - Foto: MÁRCIO MERCANTE/AGÊNCIA O DIA/AGÊNCIA O DIA/ESTADÃO CONTEÚDO MÁRCIO MERCANTE/ESTADÃO CONTEÚDO Meninas do Brasil pecam no ataque

Mais uma vez a um passo de fazerem história no handebol feminino, as meninas do Brasil ficaram no quase, perderam nesta terça-feira para a Holanda, atual vice-campeã mundial, por 32 a 23, e estão fora da disputa por medalhas nos Jogos Olimpicos do Rio de Janeiro.

Diferentemente da derrota em Londres 2012 para a Noruega, quando foi para o intervalo vencendo por seis gols e sofreu um “apagão” na etapa final, o Brasil só ficou na frente das adversárias por uma vez durante os 60 minutos de partida na Arena do Futuro. Nervosas no ataque e sem a mesma força defensiva da fase de grupos, em que terminaram como líderes, as brasileiras sentiram a pressão da partida decisiva e voltaram a cair nas quartas de final.

Das arquibancadas lotadas e barulhentas da Arena do Futuro veio o tradicional grito de “eu acredito”, que ganhou força nos Jogos do Rio de Janeiro, mas as meninas do Brasil não tiveram forças nem pontaria para conseguir a virada.

A diferença no setor ofensivo foi clara durante todo o jogo e se mostrou nos números finais da partida. As holandesas acertaram 70% dos arremessos tentados, contra apenas 48% das brasileiras.

Contra uma das mais fortes oponentes do torneio, as brasileiras começaram mal o primeiro tempo e permitiram que as holandesas abrissem três gols de vantagem logo no início. No entanto, se recuperaram e foram para o intervalo perdendo por um gol, por 12 a 11, graças à grande atuação da goleira Babi e da ponta esquerda Fernanda, perfeita nas três vezes que foi à linha de sete metros.

Na volta para o segundo e decisivo tempo, o Brasil novamente entrou cochilando. Falhando no setor ofensivo, as donas da casa deram o contra-ataque para a Holanda, que abriu quatro gols de vantagem (15 a 11), forçando o técnico Morten Soubak a pedir tempo.

A conversa deu resultado, as brasileiras correram atrás do placar e reduziram a distância mais uma vez para dois gols, acordando a torcida, até então silenciosa no segundo tempo. Mas as adversárias não sentiram a pressão e voltaram a estabelecer os quatro gols de frente na sequência (18 a 14), faltando dez minutos para o fim.

Ainda faltava pontaria e calma no ataque. Na sequência, o Brasil desperdiçou um contra-ataque e duas cobranças de 7 metros, uma com Ana Paula e outra com Fernanda. A Holanda aproveitou e estabeleceu a a maior vantagem no placar até então, seis gols (21 a 15).

Soubak, que tinha preferido sacar Babi do time na volta para o intervalo para dar lugar a Mayssa, voltou atrás faltando dez minutos para o fim. Melhor que a companheira na partida, Babi voltou ser decisiva, fazendo defesas importantes, mas o ataque seguia falhando.

Faltando sete minutos para o fim, o técnico dinamarquês que comanda as donas da casa tentou mais uma vez corrigir o problema crônico no setor ofensivo que incomodou a equipe durante toda a partida, mas não teve sucesso. Mais uma vez, o Brasil bateu na trave e não chegou à inédita semifinal olímpica.

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