À sombra de Marta, Seleção decepciona de novo, empata com Iraque e ouve vaias

  • Por Agencia EFE
  • 08/08/2016 08h16
EFE Mais uma vez o Brasil fica no 0 a 0 nos Jogos e terá que vencer a Dinamarca para conseguir classificar

Um dia depois de goleada e ovação a Marta e companhia no Engenhão, a Seleção Brasileira masculina de futebol voltou a decepcionar, ao empatar neste domingo com o Iraque em 0 a 0, pela segunda rodada do grupo A do torneio olímpico, seguindo sem vitória e sem balançar as redes.

O apoio inicial do público no Estádio Nacional Mané Garrincha não demorou a ser trocado por vaias, por pedidos por raça e até mesmo torcida para o adversário. No meio do segundo tempo, com Neymar apagado e a equipe comandada por Rogério Micale desorganizada, o nome de Marta ecoou das arquibancadas.

A camisa 10 da Seleção feminina, que ontem marcou duas vezes na goleada sobre a Suécia por 5 a 1, teve mais uma vez o talento e a dedicação reconhecidas pelos brasileiros, mesmo estando distante de Brasília.

Enquanto isso, os homens chegarão a última rodada em situação deseseperadora, com obrigação de vencer a Dinamarca, líder da chave com quatro pontos, graças a vitória obtida mais cedo, sobre a África do Sul, por 1 a 0, com gol do atacante Robert Skov.

Para a partida deste domingo, o técnico Rogério Micale repetiu a escalação da estreia, confiando mais uma vez na escalação com dois meias ofensivos, Renato Augusto e Felipe Anderson, e três atacantes, Gabriel, Gabriel Jesus e Neymar.

Com apenas dois minutos de bola rolando no Mané Garrincha, o Brasil mostrou apetite pela vitória e criou duas grandes chances, ficando muito perto de abrir o marcador.

O primeiro foi pela esquerda, com Neymar servindo Gabriel Jesus, que parou em boa saída do goleiro Hameed. Depois, com o atacante palmeirense de novo, desta vez em batida cruzada à esquerda do gol iraquiano.

Aos 11 minutos, a torcida anfitriã ficou sem fôlego, quando Weverton saiu mal após cobrança de lateral dos adversários, não cortou toque de cabeça de Abdulraheem e teve como única opção, observar a bola batendo na trave.

Desorganizado, o Brasil dominava, mas não conseguia levar perigo. Aos 28, Gabriel até balançou as redes, em rebote de chute de Neymar, mas o lance foi invalidado pelo árbitro romeno Ovidiu Hategan, por causa de posição irregular do camisa 10.

Zeca, aos 31, e o atacante do Santos, no minuto seguinte, tiveram boas oportunidades de marcar. Aos 35, a chance foi criada por Gabriel Jesus, em blitz dos donos da casa em busca do primeiro gol na competição olímpica.

Nos instantes finais, em rebote de cobrança de falta de Neymar, Renato Augusto encheu o pé e acertou o travessão. O lance de perigo não evitou que a Seleção Brasileira saísse de campo debaixo de muitas vaias pelo desempenho ruim.

Para o segundo tempo, Micale apostou em esquema com quatro atacantes, colocando Luan no lugar de Felipe Anderson. Nos minutos iniciais, no entanto, quem levou mais perigo foi o Iraque, com marcação mais avançada e pressão na saída de bola dos donos da casa.

Ainda com 9 minutos da segunda etapa, o técnico da Seleção voltou atrás e tirou o atacante Gabriel Jesus para colocar Rafinha Alcântara em campo. Só aos 15, no entanto, o Brasil levou perigo, quando Luan fez boa jogada e bateu cruzado, sem que Neymar e Douglas Santos conseguissem alcançar a bola.

Se ontem, as mulheres foram apoiadas no Engenhão durante 90 minutos e ovacionadas após a vitória sobre a Suécia por 5 a 1, os homens viram a torcida em Brasília começar a apoiar o Iraque. Entre vaias e pedidos por raça, o nome de Marta começou a ser entoado quase em uníssono nas arquibancadas.

Somente aos 32 minutos do segundo o a Seleção conseguiu levar perigo, quando Thiago Maia pegou sobra de bola na intermediária e soltou uma bomba de pé direito, parando em boa defesa do goleiro Hameed, que espalmou para escanteio.

Aos 43, o jogo ainda teve que ser paralisado, devido uma invasão de campo, de um torcedor que entrou no gramado e correu, rodando a camisa, até ser interceptado por seguranças do Estádio Nacional Mané Garrincha.

Quando a bola voltou a rolar, o Brasil seguiu insistindo. Aos 45, William, que havia entrado na vaga de Douglas Santos, acertou chute de fora da área, por cima do gol defendido por Hameed. Pouco depois, nos acréscimos, o lateral-direito reserva cruzou e achou Renato Augusto livre na área, mas o meia finalizou de canela por cima.

Pouco depois, Gabriel arrancou na área e caiu após saída do goleiro Hameed. O atacante reclamou muito que teria sido tocado, mas Ovidiu Hategan não marcou qualquer falta, para desespero do torcedor, a quem só restou vaiar a Seleção após o apito final.

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