Hamilton aceita desculpas de Vettel, mas critica FIA por punição branda

  • Por Estadão Conteúdo
  • 06/07/2017 14h03
Reprodução / Twitter / F1 Lewis Hamilton (Mercedes), Kevin Magnussen (Hass) e Sebastian Vettel (Ferrari) durante entrevista coletiva

Na véspera do início das atividades do fim de semana do GP da Áustria, o tema na Fórmula 1 ainda é a manobra em que Sebastian Vettel bateu, roda com roda, a sua Ferrari na Mercedes de Lewis Hamilton no Azerbaijão, quando os carros estavam sob safety car, logo após uma diminuição de velocidade do britânico provocar um toque entre eles.

Nesta quinta-feira (6), ambos participaram de entrevista coletiva promovida pela Fórmula 1 no circuito de Spielberg, com Vettel assumindo a responsabilidade pelo ato e pedindo desculpas. Hamilton até as aceitou, mas reclamou que a justiça não foi feita.

“Foi errado pilotar ao lado dele e bater em seu pneu. Eu acho que isso é o que todos vocês querem ouvir”, disse Vettel. “Estou orgulhoso do ato? Não. Posso voltar no tempo? Não. Obviamente, o que fiz foi errado e pedi desculpas. Eu cometi um erro e posso entender se ele está chateado. É bom que possamos seguir em frente”.

Punido durante o GP do Azerbaijão com uma parada nos boxes de dez segundos, Vettel escapou de uma nova pena após uma audiência na sede da Federação Internacional de Automobilismo (FIA) em Paris. O alemão pediu desculpas e escapou com uma advertência verbal de Jean Todt, o presidente da entidade, e a obrigação de participar de ações educativas.

Na visão de Hamilton, isso é insuficiente. “Para ser honesto, Jean deveria estar sentado ao nosso lado para responder a essa mesma pergunta. Eles não mudaram nada na segunda-feira, então a mensagem enviada continua a ser a mesma”.

Em outras palavras, essa condução perigosa ficou impune neste caso, avaliou o britânico. “Uma batalha intensa é boa para qualquer esporte, estou de acordo com isso. Mas nós somos usados como uma plataforma, somos um modelo a seguir e nós deveríamos inspirar e enviar uma mensagem”.

Questionado se usou o carro como uma arma, Vettel se defendeu. “Eu nunca tive a intenção de machucá-lo, de socá-lo”, disse, depois refutando avaliações de que ele tem problemas para controlar seu temperamento. “Eu não penso assim. Posso ver por que você pode acreditar nisso”.

A batida aumentou a temperatura de uma temporada já quente. Vettel, em busca do seu quinto título mundial, lidera o campeonato após oito corridas. Hamilton, que tenta ser campeão pela quarta vez, está 14 pontos atrás, em segundo lugar.

Embora tenha defendido enfaticamente que Vettel deveria ter recebido uma punição maior, Hamilton assegurou que o respeito entre eles segue intacto. “Sebastian e eu falamos na segunda (o dia seguinte ao incidente) e depois recebi um texto de Sebastian no dia seguinte (pedindo desculpas) e eu aceitei”, disse Hamilton. “Eu disse que ainda tinha o maior respeito por ele como piloto”, acrescentou.

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.