NBA desembarca em Londres para jogo oficial; Brasil também pode entrar no calendário

  • Por Renato Barcellos/Jovem Pan
  • 11/01/2018 12h29 - Atualizado em 11/01/2018 12h38
Os Celtics já estiveram em Londres no ano de 2007 para enfrentar o Minnesota Timberwolves em partida válida pela pré-temporada. Os 76ers farão sua estreia na capital, já que em 2013 jogaram contra o Oklahoma City Thunder na cidade de Manchester.

Londres, a capital da Inglaterra, recebe nesta quinta-feira (11) sua 16ª partida da NBA. O jogo, realizado na O2 Arena, será entre o líder da Conferência Leste, Boston Celtics e o nono colocado, Philadelphia 76ers. Esta será a 91ª partida da história da liga na Europa e o oitavo jogo consecutivo de temporada regular na capital londrina com lotação esgotada.

“Este será o nosso 16º jogo em Londres (entre temporada regular e pré-temporada), onde nossos eventos se tornaram uma oportunidade anual para os fãs de basquete de toda a Europa poderem juntos compartilhar o seu amor pela NBA”, disse Adam Silver, o comissário geral da liga.

Sadiq Khan, prefeito da cidade, mostrou-se entusiasmado com outro evento da NBA. “Estou extasiado pelo fato de a NBA continuar trazendo o melhor basquete do mundo para a nossa cidade. O jogo agora se tornou um evento do calendário esportivo de Londres”, comentou.

Os Celtics já estiveram em Londres no ano de 2007 para enfrentar o Minnesota Timberwolves em partida válida pela pré-temporada. Os 76ers farão sua estreia na capital, já que em 2013 jogaram contra o Oklahoma City Thunder na cidade de Manchester.

Em entrevista à Jovem Pan, o técnico da franquia de Massachusetts, Brad Stevens, falou da importância da NBA sair dos Estados Unidos e desembarcar em outros continentes. “No que diz respeito à influência internacional na NBA, eu não tenho dúvida de que é uma das partes mais legais do meu trabalho. Quero dizer, temos um jogador da República Dominicana, temos um jogador da Alemanha, temos um jogador da Austrália, temos um jogador da França, temos um jogador que nasceu no Egito. É uma coisa especial estar em torno de pessoas de todo o Mundo. Todos trabalhando em direção a um objetivo comum. É por isso que as pessoas amam os esportes”.

Stevens também comentou sobre a importância do basquete na vida das pessoas. “Acho que todos nós reconhecemos o impacto do basquete ao redor do Mundo. Eu fico pensando em tudo o que o esporte me deu… essas oportunidades de ir a lugares diferentes por causa do jogo. Quando estava na universidade, pude jogar em quatro países diferentes na Europa. Quando fui técnico em Butler, levamos o time para a Finlândia. Levamos nosso time para a Itália. Armamos uma viagem para a Austrália logo antes de eu sair. Como membro da NBA, já pude treinar em Madri e Milão e participar do NBA Cares (programa social da liga) em Joanesburgo. E agora estamos indo para Londres. Sem o basquete, eu não teria ido a nenhum lugar desses. Para mim, é apenas mais uma oportunidade de falar por que somos tão agradecidos de fazer o que fazemos. Queremos mostrar como todos nós amamos o jogo, e acho que, para um viciado em basquete como eu, é a parte divertida nisso”, relembrou.

Daniel Theis, o jogador alemão citado por Stevens, jogou durante 8 anos na Europa e também conversou com a Jovem Pan. Ele explicou a principal diferença entre a NBA e o basquete europeu. “Eu diria que o jogo da NBA é um pouco mais rápido, mais atlético e também arremessa mais livremente do que na Europa. Mesmo se for o primeiro passe, se você estiver livre, você arremessa. Na Europa, quando jogava em Bamberg, tínhamos que seguir as jogadas, fazer a defesa correr. Você tem que ser mais paciente”, disse.

Outro jogador que conversou com a Jovem Pan foi o australiano Aron Baynes. O atleta comentou a ansiedade de jogar em Londres. “Definitivamente estamos ansiosos para jogar. Há um ótimo seguimento para a NBA lá. É uma diferente cultura para todos aprenderem”.

A liga, que já fez eventos e realizou jogos no Brasil, não esqueceu o país, mas segundo Arnon de Mello, vice-presidente da NBA na América Latina, algumas coisas ainda atrapalham a realizações de jogos por aqui. “A gente sempre está testando (novos modelos) e vendo (o resultado). Cada vez a gente está tendo menos jogos fora dos Estados Unidos porque a pré-temporada diminuiu e tem muitos países que querem ter a sua chance. Como a gente teve três anos seguidos, agora estamos fazendo outras coisas no Brasil. Nosso escritório toma conta da América Latina e esse é outro fator. Em vez de um jogo, estamos com dois no México, que é muito mais fácil logisticamente por estar do lado dos Estados Unidos”, concluiu.

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