Olimpíada de Tóquio terá interação entre robôs e atletas

  • Por Jovem Pan
  • 26/03/2019 10h25
Divulgação Robôs já estão fazendo demonstrações em Tóquio

Robôs serão uma grande novidade nos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2020. Eles farão diversas tarefas, como transportar a bagagem dos atletas, guiar espectadores com deficiência ou atuar como intérprete para turistas

O evento poliesportivo será o primeiro em que os robôs terão um papel central na oferta de serviços para atletas e turistas estrangeiros, o que permitirá mostar ao mundo o lado futurista do país, mas, também, cobrir a escassez de mão de obra local ou a pouca fluência dos nativos em idiomas estrangeiros.

Como é habitual, os Jogos Olímpicos representam a oportunidade para os anfitriões estimularem a economia através da construção de infraestruturas e do turismo. O governo e a organização quiseram ir além e fomentar ainda mais a indústria tecnológica.

“Queremos que os Jogos de Tóquio sejam os mais inovadores da história, e os robôs desempenharão um papel fundamental para isso”, afirmou Masaaki Komiya, vice-diretor geral do Comitê Organizador de Tóquio 2020, ao apresentar dois dois modelos que serão utilizados.

Conhecido por ser líder mundial em robótica, o Japão espera aproveitar o evento para mostrar que “os robôs podem trabalhar com as pessoas, embora haja quem os ache assustadores ou uma ameaça”, afirmou o dirigente.

É bem verdade que o país não é mais a potência tecnológica de outrora e está cada vez mais distante dos Estados Unidos ou da China nas áreas de telecomunicações e inteligência artificial, mas, no campo da robótica é um dos mais avançados.

Uma prova disso são os “androides vendedores” que atuam em lojas, como a popular Pepper, e também modelos menos sofisticados, capazes de desempenhar trabalhos como o de recepcionista em hotéis e caixa em supermercados. Há ainda versões como o cachorro robótico Aibo, entre outros.

Dessa forma, será mais surpreendente para os turistas do que para os próprios japoneses ver em ação, no próximo ano, o Human Support Robot (Robô de Ajuda aos Humanos), desenvolvido pela Toyota, uma máquina poliglota, equipada com tela e braço retrátil, que receberá o público no Estádio Olímpico de Tóquio.

Outros que serão utilizados são Sota, Zukku e RoboPin, o humanoide Emiew 3, da Hitachi, e o terminal Libra, de tamanho maior, todos testados pelo Governo Metropolitano da capital japonesa, com o intuito de oferecer informação turísica em inglês, chinês ou coreano.

Além disso, os funcionários e voluntários que desempenharão tarefas logísticas durante os Jogos terão ajuda de trajes “de força assistida” da Panasonic, que são exoesqueletos motorizados ajustados às costas e às pernas, que reduzem o esforço para manusear objetos pesados, como malas e equipamentos.

A organização do evento poliesportivo e do governo do Japão pretendem ampliar o “exército de robôs” utilizados durante os Jogos, como parte do projeto Robô Tóquio 2020, uma plataforma que une empresas e centros de inteligência artificial do país.

O objetivo, contudo, “não é exibir robôs pela mera intenção de exibí-los, mas, demonstrar a utilidade deles na vida cotidiana e como podem ajudar as pessoas”, disse Hirohisa Hirukawa, responsável pelo programa.

Com EFE

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