Para especialista, crise política afeta Olimpíadas e imagem do País

  • Por Jovem Pan
  • 22/04/2016 14h44
WikiMedia Commons A Marina da Glória sediará as competições de vela nas Olimpíadas do Rio de Janeiro

 A atual crise política traz desconfiança da comunidade internacional em relação aos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, que serão realizados em agosto. Com o país assistindo o desenrolar do processo de impeachment, a procura de ingressos para os eventos está abaixo do que a organização esperava.

Nesta quinta-feira (21), na cerimônia de acendimento da tocha olímpica, a instabilidade do país foi citada nos discursos dos dirigentes. O presidente do Comitê Olímpico Internacional, o alemão Thomas Bach, disse que os jogos darão esperança ao Brasil em tempos difíceis: “Esse jogos serão uma mensagem de esperança em tempos difíceis e a chama levará essa mensagem a todos os cantos do Brasil e a todo mundo. Nesses dias difíceis que o Brasil está passando, a chama é uma lembrança eterna de que somos parte da mesma humanidade”.

O presidente do Comitê Olímpico Brasileiro, Carlos Arthur Nuzman, apostou que o espírito olímpico vai trazer uma trégua ao país. Questionada por correspondentes estrangeiros nesta semana, a presidente Dilma Rousseff garantiu o sucesso da Olimpíada do Rio de Janeiro: “Nós trabalhamos bastante para viabilizar os jogos olímpicos, os jogos estão em situação absolutamente adequada, talvez nós tenhamos até antecipado mais do que esperavam que antecipássemos, e mesmo o governo federal investiu muito nisso. Tenho certeza que serão os melhores jogos olímpicos do País e do mundo, aliás”.

Nos veículos de comunicação estrangeiros, o fato de a Olimpíada ser realizada em meio à crise política ganhou bastante destaque. O diretor da Trevisan Gestão Esportiva, Fernando Trevisan, diz a Victor La Regina que a instabilidade não afeta as obras, mas prejudica a imagem do País: “A essa altura do prazo não impacta tanto na organização, impacta mais em termos de imagem. Não saber quem vai ser presidente para receber os outros chefes de estado é algo bastante raro”.

A crise política também tem afetado o Ministério do Esporte, que atua diretamente na organização dos jogos. Após o desembarque do PRB da base governista, George Hilton saiu da pasta e quem assumiu o lugar foi Ricardo Leyser, do PCdoB.

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.