Pelé critica atraso nas obras para Copa: “Inaceitável e vergonhoso”

  • Por Jovem Pan
  • 19/05/2014 10h56
SÃO PAULO, SP, 07.04.2014: PELÉ/DIAMENTE/SP- Pelé durante evento no hotel Tivoli, na Alameda Santos, no bairro de Cerqueira César. O ex-jogador participou de projeto para a comercialização de 1283 diamantes criados a partir de mechas de seu cabelo, que simboliza o número de gols ao longo de sua carreira. (Foto: Marco Ambrosio/Folhapress) Folhapress Pelé diz confiar em "jeitinho" brasileiro na Copa de 2014

Maior nome da história do esporte brasileiro, Pelé raramente critica veementemente as principais polêmicas do futebol nacional. Entretanto, em entrevista divulgada pela revista alemã Sport Bild nesta segunda-feira, o ex-atleta analisou a Copa do Mundo deste ano e não poupou criticas ao atraso nas obras para o evento.

“A situação política é difícil, mas a Seleção não tem nada a ver com a corrupção que existe e atrasou a construção dos estádios. Isso não é problema dos jogadores. No entanto, a situação me preocupa, pois tivemos tempo suficiente para concluir todas as equipes. É algo inaceitável e vergonhoso”, afirmou.

Escolhido pela Federação Internacional de Futebol Associado (Fifa) há sete anos para sediar a Copa do Mundo de 2014, o Brasil não apenas sofre com problemas nas obras de estrutura, mas também nos próprios estádios. Alguns dos palcos dos jogos, como Arena Corinthians e Arena da Baixada, foram entregues com muito atraso e até mesmo foram ameaçados de serem excluídos do evento.

Os gastos com as obras para o torneio acabaram gerando inconformismo da população, que desde o último ano vem organizado manifestações pelas ruas do País. A 23 dias da abertura oficial da Copa do Mundo, o Brasil segue com diversas construções inacabadas.

“Eu posso entender o porquê das manifestações. Contudo, é necessário separar as coisas. Os protestos contra a corrupção nas obras são compreensíveis, mas não a violência. A culpa é de pessoas ruins que roubaram todo o dinheiro”, encerrou o ex-jogador, campeão da Copa do Mundo em 1958, 1962 e 1970.

 

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