Suposto líder de máfia de ingressos é preso em hotel no Rio

  • Por Agencia EFE
  • 07/07/2014 18h34

Raymond Whelan quando chegou à delegacia de polícia no RJ

AFP Raymond Whelan é preso

Suspeito de comandar um esquema de desvio e venda ilegal de ingressos da Copa do Mundo, o inglês Raymond Whelan foi detido nesta segunda-feira (7) pela Polícia Civil do Rio de Janeiro no hotel Copacabana Palace, onde está hospedado.

Whelan é executivo-chefe da “Match Hospitality”, empresa que tem exclusividade para venda de pacotes e camarotes da Fifa até 2023. Ele foi detido dentro da operação policial intitulada “Jules Rimet” (nome do primeiro presidente da Fifa), realizada para identificar o suposto líder de uma organização desmontada na semana passada com a detenção de 11 pessoas acusadas de revender por altos preços ingressos para o Mundial que a Fifa tinha destinado a confederações, seleções e empresas.

De acordo com a polícia, no quarto de Whelan foram encontrados cem ingressos para a Copa e US$ 1.300.

A Match Hospitality foi a empresa escolhida pela Fifa para oferecer as entradas do Mundial em pacotes reservados por empresas e para cuidar das hospedagens para os jogadores das seleções e dos dirigentes da entidade que dirige o futebol.

Os membros da organização investigada estavam com ingressos que pertenciam a dirigentes de diversos países, confederações e empresas que tinham comprado pacotes. Essas entradas eram vendidas por preços muito superiores aos estabelecidos pela Fifa, como a Polícia Civil confirmou em escutas telefônicas.

Os ingressos eram administrados pelo empresário franco-argelino Mahamadou Lamine Fofana, um dos detidos na semana passada e em cujo telefone celular foram identificados dezenas de ligações para integrantes da “Match Hospitality”.

Esta empresa informou em comunicado que vai investigar as denúncias que parte das entradas reservadas de primeira classe para empresas estava em mãos de Fofana e anunciou que cancelará todas as entradas adquiridas pela Atlanta Sportif Management, a empresa do franco-argelino.

Phillipe Blatter, um dos sobrinhos do presidente da Fifa, Joseph Blatter, é proprietário de uma empresa que tem uma participação minoritária na Match.

A Fifa manifestou sua intenção de colaborar com as investigações da polícia e advertiu que “qualquer um que cometer um crime será sancionado, não importa quem seja”, afirmou nesta segunda-feira (7) a porta-voz da entidade, Delia Fischer, ao se referir à “Operação Jules Rimet”.

 

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