Vettel recebe bandeirada em 1º, mas é punido, e Hamilton vence GP do Canadá

  • Por Jovem Pan
  • 09/06/2019 17h24
VALDRIN XHEMAJ/EFE Vettel

Em uma corrida marcada por uma decisão polêmica dos comissários da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), o alemão Sebastian Vettel (Ferrari) cruzou a linha de chegada do Grande Prêmio do Canadá de Fórmula 1 em primeiro lugar, mas recebeu uma punição de acréscimo de 5s em seu tempo total prova, e o britânico Lewis Hamilton (Mercedes) ficou com a vitória.

Vettel, que não vence desde agosto do ano passado, no GP da Bélgica, esteve perto de quebrar o jejum no circuito Gilles Villeneuve, em Montreal. Pole position, o tetracampeão mundial largou bem, se manteve à frente e, na pista, só perdeu a posição quando parou para a troca de pneus.

Entretanto, na 48ª de 70 voltas, o alemão cometeu um erro sozinho, saiu da pista e, no retorno ao traçado, fechou Hamilton, em uma manobra que a comissão de prova considerou proposital e perigosa, o que rendeu o castigo ao piloto da Ferrari.

Ao subir ao topo do pódio pela 78ª vez na corrida, o britânico disparou na liderança do Mundial de pilotos, com 162 pontos, 30 a mais que o segundo colocado, seu companheiro de equipe, o finlandês Valtteri Bottas, que hoje ficou em quarto lugar, atrás também do monegasco Charles Leclerc (Ferrari), terceiro. De quebra, o campeão das duas últimas temporadas igualou Michael Schumacher como recordista de vitórias no Canadá, com sete cada.

Após a corrida, Vettel proporcionou algumas cenas curiosas. Primeiramente, foi até a sala dos comissários e, aparentemente, se recusou a ir à cerimônia de encerramento. Depois disso, se encaminhou para o pódio, mas não sem antes trocar a placa de número 1 para a de número 2 à frente do carro de Hamilton no paddock. O alemão ainda é terceiro colocado na temporada, agora com 100 pontos.

Além da Mercedes, que confirmou a soberania e chegou à sétima vitória em sete GPs em 2019, outra equipe que tem motivos para comemorar é a Renault, que colocou seus dois pilotos na zona de pontuação, com o australiano Daniel Ricciardo em sexto lugar e o alemão Nico Hulkenberg em sétimo.

A oitava colocação foi do francês Pierre Gasly (Red Bull), enquanto o canadense Lance Stroll (Racing Point) fez a alegria da torcida local ao ser nono. Quem completou na zona de pontuação, em décimo, foi o russo Daniil Kvyat (Toro Rosso).

Vettel começou bem a corrida e não só se manteve à frente após a largada, como também abriu vantagem. Leclerc tentou pressionar, mas Hamilton resistiu e ficou em segundo.

Com as primeiras posições definidas nesse momento, a emoção estava na disputa entre Lando Norris (McLaren) e Verstappen pela sétima posição, mas o também britânico teve um problema na suspensão traseira, no lado direito, e abandonou o GP na nona volta.

Verstappen continuou dando emoção à prova ao brigar com Bottas pela quarta colocação, mas o finlandês parou nos boxes bem antes, e a estratégia deu certo.

Na luta pela ponta, Vettel fez sua troca primeiro, na 26ª volta. Hamilton entrou nos boxes dois giros depois, e Leclerc apenas no 33º, o que acabou sendo ruim para o monegasco, que tinha desvantagem para o britânico apenas “no visual” e ficou 11s atrás quando voltou do pit-lane.

A partir da volta 39, Hamilton entrou na chamada “zona de DRS”, ou seja, se colocou a menos de 1s de desvantagem para Vettel, o que lhe permitia abrir a asa móvel e ter ganho de velocidade. Nove giros depois, Vettel cometeu erro sozinho e teve que fechar a porta para não ser ultrapassado pelo pentacampeão, o que gerou a polêmica punição.

O alemão, decepcionado, chegou a diminuir o ritmo, mas terminou a prova à frente. Enquanto isso, Verstappen, que foi o último do pilotão dianteiro a parar nos boxes, deixou Ricciardo para trás e subiu para quinto.

*Com informações da EFE

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