Após assalto de menores no metrô, promotor pede redução da maioridade penal

  • Por Jovem Pan
  • 04/06/2015 19h41
Maioridade penal 170413

Em assalto no na Linha 2-Azul do metrô de São Paulo, dois jovens, um de 16 e outro de 17 anos de idade, roubaram passageiros e atiraram na perna de um padre. Para comentar este acontecimento, a Izilda Alves e Thiago Uberreich, da Rádio Jovem Pan, entrevistaram o doutor Marcelo Barone, promotor de justiça do Ministério Público de São Paulo. Para ele, os menores de idade cometem crimes por causa da impunidade – apesar de todos os problemas sociais do Brasil – e só a redução da maioridade penal pode mudar isso.

“O objetivo da Fundação Casa é ser um hotel de trânsito. Não há interesse de manter os menores internados, e eles voltam pra rua mais violentos. Precisamos ter vergonha na cara, abaixar essa maioridade penal para 16 anos. Nosso presidente da Câmara, Eduardo Cunha, está lutando por isso, fazendo um belíssimo trabalho”, disse o promotor. “Sempre sustentei a redução para 16 anos porque esta é a idade em que eles se tornam mais violentos. Com 17 anos e dez meses, ele mata sabendo de sua impunidade”.

Para Barone, a solução seria a redução da maioridade penal. “Sempre sustentei a redução para 16 anos porque esta é a idade em que eles se tornam mais violentos. Com 17 anos e dez meses, ele mata sabendo de sua impunidade. Dizem até que o menor tem que matar alguém antes de completar os 18 anos para ser batizado. Se não fizermos alguma coisa urgente, esta situação que aconteceu no metrô vai se tornar rotineira. Nós estamos nos acostumando com a violência cada vez mais grave, e, enquanto não é com a gente, ficamos indignados, mas ao mesmo tempo não fazemos nada”, sustentou.

Por fim, ele diz acreditar que há espaço para piorar. “Vamos chegar ao ponto de o cidadão não poder mais andar na rua. Falam que chegamos ao fundo do poço, mas para mim o fundo do poço é sempre um pouco mais embaixo. Do jeito que esta impunidade, a tendência é que piore muito mais”.

Ouça a entrevista completa no áudio acima.

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