Bloco da Tesourinha reúne pequenos foliões em Brasília

  • Por Agencia Brasil
  • 15/02/2015 18h59
Agência Brasil Crianças e adultos se divertem no Bloco Tesourinha

Nem a chuva fina que começou a cair em Brasília na tarde de hoje (15) desanimou os pequenos e grandes foliões do Bloco da Tesourinha, criado em 2007 e já tradicional no circuito infantil do carnaval. A concentração, em uma praça de uma quadra residencial da cidade, reunia super-heróis, princesas, bailarinas, bichos e até pequenos zumbis.

Fantasiado de morto-vivo, o estudante Tito Gonçalves, 6 anos, fez questão de escolher o disfarce e teve a ajuda do tio designer para se preparar para o carnaval. “Eu não me machuquei de jeito nenhum, foi meu tio que fez”, explicou, mostrando a cicatriz fictícia no rosto. O pai dele, o servidor público Anderson Gonçalves, disse que é a segunda vez que traz Tito ao bloco e aprova a ideia de um bloco infantil.

“É bacana por conta da família, normalmente os blocos têm muita gente, com muitos adultos e poucas crianças. Ter um bloco em que a prioridade são as crianças é muito melhor, muito mais tranquilo.”

O educador ambiental Gustavo Lemos foi ao bloco com os filhos e sobrinhos e disse que aproveita a folia tanto quanto os pequenos. “Para a gente que está nessa fase de filhos pequenos, é importante ter um local onde possa curtir o carnaval com crianças, que tenha segurança, uma estrutura um pouco melhor. E é um carnaval com boa música, dentro da quadra, mantém uma tradição de música brasileira”, elogiou.

A trilha sonora, de puro frevo e ritmos brasileiros, é um dos orgulhos do criador do bloco, Renato Fino. Quando foi criado, em 2007, o Bloco da Tesourinha queria homenagear os 100 anos do ritmo pernambucano. O nome do bloco é uma homenagem dupla: ao passo do frevo e às engenhosas ligações entre as partes leste e oeste de Brasília, desenhadas por Lúcio Costa. Oito anos depois, o evento já tem tradição no calendário do carnaval brasiliense e com a cara da cidade, segundo Fino.

“Uma diferença do Tesourinha é acontecer dentro de uma quadra residencial, porque isso faz parte de uma tentativa nossa de deixar Brasília menos fria. As pessoas moram aqui, nessa área. Fazer a festa dentro do espaço onde as pessoas moram, vivem e coabitam é muito importante. Talvez tenha sido esse o planejamento de Lúcio Costa e Oscar Niemeyer”, avaliou.

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