Boicote às votações antecipadas na Tailândia termina com 1 morto

  • Por Agencia EFE
  • 26/01/2014 08h28

Noel Caballero.

Bangcoc, 26 jan (EFE).- Uma pessoa morreu em Bangcoc durante um confronto entre manifestantes e grupos de apoio ao governo a uma semana da realização das eleições gerais, cuja votação antecipada foi boicotada neste domingo por milhares de pessoas.

A vítima é Suthin Tharathin, um dos líderes do movimento antigovernamental estudantil NPSRT, grupo que protagonizou vários incidentes violentos contra as forças do Estado, segundo informou o canal “Blue Sky”, ligado ao movimento contra o atual Executivo da Tailândia.

Tharathin se encaminhava para negociar o fechamento de um colégio eleitoral situado no distrito de Bang Na, no sudoeste de Bangcoc, quando começaram os enfrentamentos com um grupo de 50 “camisas vermelhas”, favoráveis ao governo, de acordo com o jornal “Bangcoc Post”.

O hospital de Viparam confirmou a morte de Tharathin por causa de um disparo na cabeça e indicou que há pelo menos outros nove feridos.

Apesar deste fato, não se registraram maiores incidentes violentos durante a jornada prevista para o início da votação antecipada das eleições, programadas para o próximo dia 2 de fevereiro.

Pelo menos 35 dos 50 locais habilitados em Bangcoc para as votações se viram obrigados a cancelar o processo devido às manifestações contra as eleições, segundo o site do jornal “The Nation”.

Mais de dois milhões de pessoas, a maioria estudantes e trabalhadores que não poderão exercer seu direito ao voto no dia dos pleitos, estavam convocados às urnas neste domingo, segundo os dados da Comissão Eleitoral.

Aquelas pessoas que se registraram para votar de maneira antecipada e não puderam depositar sua cédula terão uma nova oportunidade no dia das eleições, afirmou a diretora da Comissão Eleitoral de Bangcoc, Veera Yeephare.

A Comissão Eleitoral pediu em várias ocasiões o adiamento das eleições devido a possíveis transtornos no processo eleitoral ou explosões de incidentes violentos.

No entanto, o governo apostou na realização de eleições como saída do atoleiro político no qual se encontra o país.

A primeira-ministra interina, Yingluck Shinawatra, e o presidente da Comissão Eleitoral, Supachai Somcharoen, se reunirão na próxima terça-feira, embora não tenham sido especificados os temas que abordarão em dita reunião.

No dia 21 o Executivo tailandês declarou o estado de exceção em Bangcoc perante o aumento da violência relacionada com as manifestações antigovernamentais e para tentar assegurar a realização pacífica das eleições.

O movimento antigovernamental, liderado pelo ex-parlamentar do Partido Democrata, Suthep Thaugsuban, exige a renúncia do governo interino e o adiamento das eleições legislativas até que se tenha reformado o sistema político e acabado com a corrupção. EFE

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