Alckmin diz que bloqueio de bens é injusto e que vai recorrer na Justiça

  • Por Natacha Mazzaro / Jovem Pan
  • 16/04/2019 19h14 - Atualizado em 16/04/2019 19h26
Ilan Pellenberg/Estadão Conteúdo Geraldo Alckmin acenando Ex-governador prestou depoimento à Polícia Federal como testemunha de uma investigação que apura a formação de cartéis

O ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin classificou, nesta terça-feira (16), como “injusto” o bloqueio de seus bens e disse que vai recorrer da medida. Na segunda (15), a Justiça determinou, no total, a apreensão de R$ 39,7 milhões de Alckmin, seu ex-tesoureiro de campanha Marcos Monteiro, a Odebrecht e quatro executivos da empresa. O ex-governador teve R$ 9,9 milhões bloqueados. A ação, movida pelo Ministério Público, alega que a empresa pagou R$ 7,8 milhões em caixa 2.

Alckmin negou o recebimento e julgou a medida como injusta. “Nós vamos recorrer. Eu tenho a consciência absolutamente tranquila, confio na justiça. Essa acusação não tem nenhum cabimento. Não tem caixa 1, nem 2, nem 3”, afirmou.

Nesta terça (16), o ex-governador prestou depoimento à Polícia Federal como testemunha de outra investigação. Segundo o advogado de defesa, Marcelo Martins de Oliveira, o inquérito foi instaurado em 2011, e apura a formação de cartéis no Brasil. O tucano explicou que, quando há esse tipo de ação, o próprio Estado é prejudicado e, por isso, veio prestar os esclarecimentos.

“Eu fui convocado como testemunha de um processo que envolve cartéis no Brasil inteiro na área de energia. Seja na área de transportes, de hidrelétricas, o que eu puder colaborar, colaborarei. É dever nosso vir aqui como testemunha e ajudar nesse inquérito”.

Geraldo Alckmin ficou por volta de duas horas na sede da Polícia Federal e disse que foram feitas perguntas genéricas. Segundo Oliveira, o depoimento já estava marcado desde a semana passada.

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