Alcolumbre: presidente da República, STF e Congresso devem estar ‘sintonizados na mesma frequência’

  • Por Jovem Pan
  • 04/02/2019 16h38 - Atualizado em 04/02/2019 16h44
DIDA SAMPAIO/ESTADÃO CONTEÚDO Alegando que "não há mais espaço para pautas distanciadas da realidade", senador citou a Reforma da Previdência

Davi Alcolumbre (DEM-AP) fez na tarde desta segunda-feira (4) seu primeiro discurso como presidente do Senado. Em mensagem lida durante a sessão que marcou o início do ano legislativo, o senador elogiou o que chamou de “renovação” da Casa, disse – fazendo referência ao presidente Jair Bolsonaro – que a política brasileira passa por uma “nova fase” e destacou a necessidade de todos os poderes estarem alinhados às mesmas propostas.

“Nós somos o o 56° grupo da história do poder legislativo e somos o 36° corpo parlamentar do período republicano (…). Pertencemos a uma legislatura que representa a mudança, o novo, a esperança. Muito se disse sobre as renovações das eleições de 2018. Na Câmara, por exemplo, temos o maior número de deputados estreantes das últimas três décadas. Temos também o maior número de mulheres. Dos 56 senadores que tomaram posse, apenas vieram via reeleição. Também a maior renovação das últimas décadas. É uma sinalização do eleitor para a urgente necessidade de uma nova postura de seus representantes”, disse.

“Precisamos estar em consonância com aqueles que nos elegeram. No dia 1° de janeiro, o Executivo iniciou seus trabalhos e o presidente da República propôs um pacto nacional entre a sociedade e os poderes na busca por novos caminhos. Na última sexta-feira, o Supremo Tribunal Federal inaugurou o ano judiciário e o ministro Dias Toffoli destacou que a atividade judicante deve ser exercida sem interferência”, completou. “O Presidente da República, o STF e o Congresso devem estar sintonizados na mesma frequência.”

Reforma da Previdência e “pautas reais”

Alcolumbre ainda falou brevemente sobre as prioridades que acredita que o Congresso deve ter nesse novo ano. Alegando que “não há mais espaço para pautas distanciadas da realidade”, citou, por exemplo, a Reforma da Previdência. O senador é aliado do ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni – um dos articuladores da proposta.

“As urgências são muitas, assim como as prioridades, mas teremos o bom senso de encontrar pontos de convergência visando o bem-estar do povo, a superação do desemprego, o desenvolvimento social e econômico, inaugurando um ciclo de progresso”, afirmou.

“A Reforma da Previdência tem uma importância vital para o equilíbrio das finanças públicas – em especial dos estados. Existem outras que deverão ser igualmente enfrentadas pelo parlamento, como a tributária, a administrativa, o pacto federativo e todas as que objetivam melhorar a vida do cidadão. Para que sejam bem sucedidas, será promovida uma ampla discussão com efetiva participação popular”, completou.

O presidente da Casa concluiu declarando que “não se deve falar em minorias e maiorias, baixo clero e alto clero, mas, sim, usar o princípio da igualdade” e ressaltou que o Congresso deve ter como objetivo “lapidar a nossa democracia” e “deixar as instituições mais sólidas para as próximas gerações”.

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