Aplicativos como Netflix e Uber poderão ser tributados após reforma

  • Por Jovem Pan
  • 10/07/2019 15h11
Oswaldo Corneti/ Fotos Públicas Oswaldo Corneti/ Fotos Públicas "São empresas que auferem boa receita e não deixam nada para o Brasil", disse deputado que presidirá comissão da reforma tributária

Os aplicativos de prestação de serviços serão um dos principais alvos da reforma tributária, que teve a sua comissão instalada nesta quarta-feira (10) na Câmara dos Deputados. A afirmação é do deputado Hildo Rocha (MDB-MA), que será o presidente da comissão. Segundo ele, os aplicativos mais usados no País, como Netflix, Uber e similares, precisam ser alvos de uma revisão tributária.

“Vamos poder tributar aqueles serviços que, hoje, não são tributados. São empresas que auferem uma boa receita de serviço e que não deixam nada aqui para o Brasil, apenas captam esse dinheiro do esforço de cada um de nós e levam embora para outros países”, comentou Rocha, sem citar nomes.

Questionado se falava dos aplicativos, ele confirmou. “Esses serviços de internet, todos os aplicativos praticamente são isentos de tributos em nosso País”, disse. “Então, esse é um dos focos que nós temos que tributar. Até porque, pouco se gera de emprego, não se gera riquezas para o País e é essa riqueza que fazem como que os entes da Federação possam oferecer serviços para a população.”

Sobre a reforma tributária

O texto base da reforma é de autoria do deputado Baleia Rossi (MDB-SP). A proposta, segundo Rocha, vai ajudar a impedir a sonegação de R$ 500 bilhões por ano.

Perguntado sobre a instalação de uma comissão no Senado que também vai analisar questões tributárias, disse que se trata de um tema importante para “a casa dos Estados”, mas afirmou que as mudanças são necessárias para toda a população e que o debate deve ser tratado na Câmara, na “casa do povo”.

*Com Estadão Conteúdo

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.