Baleia Rossi: ‘Ideia dos Estados para deixar União fora do IBS não atrapalha’

  • Por Jovem Pan
  • 13/08/2019 12h01
Reprodução/Twitter Reprodução/Twitter Os governos estaduais querem que apenas Estados participem da gestão do novo tributo que pretende unificar os diversos impostos

O autor da proposta da reforma tributária apresentada à Câmara dos Deputados, deputado Baleia Rossi (MDB-SP), disse nesta terça-feira (13) que o desejo dos governos estaduais de excluírem a União do futuro Comitê Gestor do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) não deve atrapalhar a tramitação do projeto.

Os governos estaduais querem que apenas Estados participem da gestão do novo tributo que pretende unificar os diversos impostos federais – IPI, PIS e Confis – além do ICMS (estadual) e do ISS (municipal). Cada governo estadual definirá a sua alíquota, enquanto União e prefeituras, por outro lado, perderiam essa autonomia e teriam que respeitar um porcentual fixo.

“Essa é uma das ideias que o Conselho Nacional de Secretários de Fazenda (Consefaz) apresentou. A ideia é de que as discussões vão acontecer nos Estados. Portanto não modifica a proposta no sentido de criação do IBS. Não entendo que essa proposta atrapalhe a tramitação”, explicou.

“A Comissão Especial da reforma vai ter que discutir isso no mérito e acho que pode avançar, dando tranquilidade para todos os governadores e todos os secretários de Fazenda”, afirmou, após realizar uma apresentação na reunião do Consefaz.

O economista idealizador do IBS e diretor do Centro de Cidadania Fiscal, Bernard Appy, também participa da reunião dos secretários estaduais de Fazenda. Para Baleia, o apoio dos secretários é fundamental para que a proposta seja aprovada no Congresso.

“Se a gente conseguir convergir em uma ideia que vai ficar melhor com as sugestões do Confaz, tenho certeza que isso também será um ganho no apoio político. Cada bancada quer saber o impacto que essa reforma terá para o seu Estado”, afirmou o deputado.

“Foi assim na reforma da Previdência e entendo que esse diálogo com os governadores e secretários de Fazenda é fundamental para o avanço da nossa proposta. Os secretários que vivem o dia a dia de arrecadação dos seus entes podem contribuir com ideias e é esse o nosso entendimento”, completou.

*Com informações do Estadão Conteúdo

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